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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

«Tudo servido com os ingredientes característicos da poesia do autor: observação e notação dos acasos do quotidiano, significação do insignificante, redução da grande escala à pequena escala com o propósito de tornar o poema próximo e reconhecível, sobriedade dos versos, exiguidade adjectival, trabalho de oficina, humor parentético e o império da metonímia que, tendo significado no anterior A parte pelo todo (2009) o livro pela morte (do pai do autor), significa, em Você está aqui, o espaço pelo tempo: por um presente que parece interminável, um presente eterno, um “estar aqui sem fim”, uma still life (p. 51) que, apesar de parada, ainda é vida – porventura vida suficiente para servir de fundamento à procura de algo que transcenda o mero estar.» (4 estrelas)

 

Rui Lage, Ípsilon

 

 

«Tudo servido com os ingredientes característicos da poesia do autor: observação e notação dos acasos do quotidiano, significação do insignificante, redução da grande escala à pequena escala com o propósito de tornar o poema próximo e reconhecível, sobriedade dos versos, exiguidade adjectival, trabalho de oficina, humor parentético e o império da metonímia que, tendo significado no anterior A parte pelo todo (2009) o livro pela morte (do pai do autor), significa, em Você está aqui, o espaço pelo tempo: por um presente que parece interminável, um presente eterno, um “estar aqui sem fim”, uma still life (p. 51) que, apesar de parada, ainda é vida – porventura vida suficiente para servir de fundamento à procura de algo que transcenda o mero estar.»

 

Rui Lage, Ípsilon

 

«Certo é que o sujeito poético está sempre atento ao que o rodeia. É assim que se orienta, ponto vermelho a indicar o local onde nos encontramos no mapa de uma cidade. Ao deambular pela Europa (Veneza, Praga, Roma, Siena, etc.), deixa-se levar por uma espécie de melancolia da contemplação e coleciona experiências, embates com a «perecível beleza», ou momentos «tecnicamente felizes», por exemplo «abrindo nozes ao meio (quais cirurgiões das meninges)».»

 

José Mário Silva, Revista Ler

 

"Este livro está dividido em duas partes: “Partidas” e “Chegadas”. Há uma viagem pela palavra, por lugares, talvez uma viagem dentro de ti. Fala-nos dela.


A minha poesia é muito biográfica, muito geográfica, é uma poesia do espaço e do tempo. Nestes poemas, como noutros, tentei parar para reaprender a olhar, tentei re-parar (repetir a paragem). Os poemas da primeira parte trazem valores universais como a beleza, a arte, o tempo, a história, a memória, a tradição, o amor, o desejo, a amizade, e esses situei-os, não por acaso, numa geografia europeia. Na segunda parte verifica-se um regresso à prosa dos dias (Manuel António Pina), à forma como a realidade se nos impõe num quotidiano menos abstracto, mais concreto, onde os valores são necessariamente outros, não são necessariamente melhores. Esses poemas situei-os em Portugal, o que faz deste livro, talvez, o meu livro mais político.


A dada altura, em “Chegadas”, surge um poema intitulado “Poeta marca território”. Como gostarias que a tua poesia marcasse para além de ti?


Como acontece com os gatos (“os gatos são poesia, os cães são prosa”), acontece-me marcar o território lá em casa com tinta de caneta, nos lençóis, nos sofás, nos tapetes, para desalento de quem deles cuida… É difícil responder. Seguramente que gostaria que algum poema ficasse. Não acredito verdadeiramente que se possa prever como um poema vai ser lido uma, duas gerações depois. A minha ocupação é publicar poemas com os quais me identifico na altura em que os escrevo, tanto quanto no período de tempo (2, 3 anos) em que decorre o processo de selecção e revisão, até saírem em livro. Se vencerem esse teste do tempo, autorizo-me a acreditar neles. Caso contrário, elimino-os. Desconheço se isso é suficiente para a poesia deixar marca mas se em cada um deles tentar “make it new”, como defendia Pound, já será um bom princípio…"

 

Ler a entrevista completa aqui.

A Revista Sítio (agora no endereço http://revistasitio.blogspot.pt/) dedica esta semana à poesia de João Luís Barreto Guimarães, cujo novo livro, você está aqui, chega às livrarias na sexta-feira. A anteceder a notícia da publicação deste inédito, o livro Poesia Reunida, publicado em 2011 pela Quetzal, teve direito a uma recensão crítica, da autoria de Landeg White, no The Times Literary Supplement, um facto que justificadamente nos enche de orgulho.

 

 

 

 

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