«Pelo excesso de referências de época e alguns desequilíbrios narrativos, Vidas Perdidas acusa a passagem do tempo. Na sua odisseia até Nova Orleães (de comboio, claro, escondido num vagão), Dove Linkhorn deixa para trás personagens que gostaríamos de conhecer melhor (como Terasina Vidavarri). E o próprio escritor, que não se envolve na história como mais tarde fizeram Charles Bukowski ou Denis Johnson, demora-se na descrição de prostíbulos e presidiários, esquecendo o seu protagonista. Mas é intensa e comovente esta melancólica dança dos que vivem da rua e do corpo. Depois de Nelson Algren a América nunca mais foi a mesma. Os marginais também não.»
Luís Ricardo Duarte, Time Out