«Teju Cole volta à cidade onde passou a sua infância e de onde vieram os seus pais. Depois de muitos anos de ausência, o escritor percebe que é uma pessoa diferente daquela que saiu de Lagos. A miscigenação entre cultura africana, norte-americana e europeia formou um homem cosmopolita e pleno de contradições. Os seus pais nasceram na Nigéria, mas Cole nasceu nos EUA. Viajou de imediato para a Nigéria, onde esteve até aos 17 anos. E foi com essa idade que voltou ao país natal para estudar. Depois de desistir do curso de medicina, Teju Cole foi para Inglaterra com o objectivo de estudar História de Arte Africana na “School of Oriental and African Studies”. Voltou aos EUA para se doutorar em História de Arte, na Universidade de Colômbia. Depois de muitos anos sem ir à Nigéria, ele volta para recuperar tanto quanto possível o seu passado. E então percebe que é um homem “desenraizado”:»
Mário Rufino sobre Todos os Dias São Bons Para Roubar, no Diário Digital