«Lê-se como se fosse uma ficção-ensaio de Borges, mas a bibliofilia confunde-se com a melancolia, e abarca tudo o que é humano. A edição completa em inglês actualmente disponível é um grossíssimo volume em corpo diminuto. Por isso, é boa ideia começar pela pequenina antologia portuguesa de “Anatomia da Melancolia” [Quetzal, tradução de Salvato Telles de Menezes].
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Um dos fragmentos traduzidos em português é a propósito do amor. Burton refere-se ao amor que dedicamos a vários objectos e que nos causam esperanças e desesperos. Mas até um vigário solteiro e pouco dado a romantismos é capaz de destacar um desses objectos: a beleza, ou antes, a beleza enquanto forma visível do amor, essa potência ingovernável.»
Pedro Mexia, Expresso