Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

“É seguramente uma das confissões literárias mais bonitas. Num pequeno texto intitulado Fogos (título também da coletânea em que está inserido e que a Quetzal agora publica), Raymond Carver desvenda os seus tempos de jovem escritor. E fá-lo com uma honestidade desarmante, como em muitas outras ocasiões. Nestas páginas reencontramos o homem que aos poucos sonhou um imenso território só para si: a ficção. Mas que também se confrontou com a vida, o quotidiano, as obrigações. As familiares, em primeiro lugar, as domésticas, logo a seguir, e as pessoais, finalmente e com maior peso, onde poderíamos incluir a bebida, o veneno da sua alma.”

 

Luís Ricardo Duarte, Jornal de Letras

 

"Carver abominava a escrita «confusa» e «aleatória», a prosa «embaçada», vaga, «cheia de fumo». Interessava-lhe «escrever sobre coisas e objetos quotidianos usando linguagem quotidiana mas precisa, e dotar essas coisas - uma cadeira, uma cortina, um garfo, uma pedra, os brincos de uma mulher - de um poder imenso, quase espantoso». E é precisamente isso que acontece nos poemas e contos deste volume."

 

José Mário Silva, Expresso

 

Para além de Fogos, de Raymond Carver, as sugestões de verão do Expresso incluem os seguintes livros da Quetzal:

 

 

 

«O que pode dizer sobre a obra de Carver?
Foi dos primeiros escritores americanos que admirei e, em certa altura da adolescência, procurei imitá-lo, mimetizando o seu estilo. Os seus contos têm a ressonância de romances porque são, de certa maneira, romances em miniatura: o mundo ficcional de Carver é de tal maneira sólido que a sua obra pode ser lida (e filmada, como o fez Robert Altman em «Shortcuts») como um todo, em que cada conto é interdependente do próximo e do anterior. Não se trata, assim, de uma série de contos espalhados por vários livros, mas de um grande romance dividido em vários tomos e vários capítulos que, de muitas maneiras, reflectem o homem que Carver foi e os tempos que viveu.»

 

Da entrevista de João Tordo ao Diário Digital, a propósito da tradução de Catedral.  

 

 Raymond Carver disse que era possível «escrever sobre lugares-comuns», sobre coisas e objectos, usando lugares-comuns, mas também uma linguagem precisa, conferindo, assim a estas coisas – uma cadeira, uma cortina, um garfo, uma pedra, um brinco de mulher – uma força e  uma cintilação imensas. Em parte nenhuma é tão evidente esta alquimia como em Catedral.

 

Catredral, de Raymond Carver | tradução de João Tordo

serpente emplumada | Raymond Carver

 

 

Nas livrarias a 21 de Janeiro.


«O minimalismo literário foi definido numa célebre formulaçãi de Hemingway : "Pode omitir-se tudo desde que se saiba que se está a omitir, e a parte omitida vai fortalecer a história e fazer o leitor sentir algo mais do que aquilo que compreende". Este fetiche da omissão tem os seus perigos: a ideia de que algo subtraído ao texto deixa um resíduo espectral que pode ser absorvido por quem lê e está muito perto de uma estética homeopata.»

 

Rogério Casanova escreveu sobre O Que Sabemos do Amor, de Raymond Carver, na edição deste fim-de-semana do Expresso. E dele diz que é «um documento fascinante sobre o escritor, o seu editor e a dieta minimalista.»

 

 

 

 

O Que Sabemos do Amor (Begginers, na edição em inglês) é um extraordinário conjunto de histórias passadas no Midwest americano, cujas personagens são homens e mulheres que bebem, pescam e jogam às cartas para suavizar a solidão e a passagem do tempo. Destes dezassete contos, considerados obras-primas da ficção americana contemporânea, alguns foram adaptados ao cinema por Robert Altman no filme Short Cuts.

 

Esta é também a versão integral do livro que consagrou Carver, publicado com o título De Que Falamos Quando Falamos de Amor e que resultou de uma severa edição, que reduziu a cerca da metade o original inicialmente entregue pelo autor. Se nas suas obras posteriores Carver partiu do minimalismo adstringente de De Que Falamos Quando Falamos de Amor, não deixou porém de desenvolver a empatia expansiva e cheia de nuances que começara a emergir em O Que Sabemos do Amor. Eis, portanto, a escrita de Carver no seu estado mais puro.

 

O Que Sabemos do Amor - Begginers | serpente emplumada | Raymond Carver

Tradução de João Tordo.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D