Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

 

«Há uma iniludível fantasmagoria, uma progressiva concentração – de personagens, de situações, de espaços – ao longo de O Terceiro Reich, de Roberto Bolaño. A narração é feita na primeira pessoa – uma estratégia de escrita que poderia fazer emperrar o romance, ou deixá-lo demasiado preso a uma técnica, mas de que o autor se desembaraça com notável desenvoltura. O correr da obra acaba por boicotar esse esquema inicial – através da interferência de tempos que se vão pondo em causa, por um certo desarranjo do esquema narrativo –, atravessada como está por um paradoxo.»

 

Hugo Pinto dos Santos escreve sobre O Terceiro Reich, de Roberto Bolaño, no Orgia Literária.

2666, de Roberto Bolaño - segundo anunciou Francisco José Viegas na madrugada de sábado no Musicbox - foi o livro mais roubado do ano passado, título que acumula com a distinção como livro do ano. Mas a notícia de hoje é que O Terceiro Reich, depois de oito dias de vendas e dez mil exemplares impressos, entra em segunda edição, e ocupa os primeiros lugares nos tops das Livrarias Bertrand e Fnac.

 

 

 

Há uma espécie de detective literário, personagens peculiares e um sem-fim de referências literárias — que darão muito gozo ao leitor. A saber: Udo Berger, que sempre quis ser um grande escritor, mas que tem de se conformar em ser o campeão de “jogos de & estratégia guerra em Stuttgart”, decide ir ao Hotel del Mar, na Costa Brava catalã, com a sua nova namorada, Ingeborg (nome de uma das pesonagens de 2666). O objectivo é treinar-se para participar num novo jogo de estratégia, justamente Terceiro Reich, e preparar-se para ganhar um torneio internacional. Eles compartilham suas férias com um outro casal alemão, Charlie e Hanna, até que o primeiro destes desaparece misteriosamente depois de se cruzar com dois sinistros personagens que também levantam suspeitas nas autoridades locais: «O Lobo» e «O Cordeiro». Entretanto, Udo Berger é perseguido por um detective estranho e sombrio e, atormentado por essa perseguição sem sentido, acaba por entrar em delírio com a “paisagem surreal da Costa Brava”. Tudo isto acontece quando entra num jogo de vida ou morte com um personagem enigmático e de rosto desfigurado, El Quemado. Uma autêntica sinfonia de literatura, política, divertimento surreal, absurdo. Gozo puro.

 

 

O Terceiro Reich, de Roberto Bolaño | série américas. 352 páginas

Tradução de Cristina Rodriguez e Artur Guerra.


Nas livrarias a 26 de Fevereiro.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D