Possidónio Cachapa Sob Foco, entrevistado por Rui Lagartinho para a Time Out Lisboa. Na mesma edição da revista foi publicada uma crítica. O texto pode ser lido na íntegra aqui.
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Possidónio Cachapa Sob Foco, entrevistado por Rui Lagartinho para a Time Out Lisboa. Na mesma edição da revista foi publicada uma crítica. O texto pode ser lido na íntegra aqui.
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Personagens estranhos habitam o seu novo romance – uma Alice envelhecida e um rapaz-coelho! De onde lhe vem esse imaginário, da infância?
Não só. Crescer num ambiente onde a Natureza parecia ir sobreviver à cidade, que ficava colada, ajudou. Trepar colinas baixas, descer a fornos de cal, nadar em pedreiras escuras inundadas construiu uma parte de mim. Uma adolescência isolada entre livros de todos os géneros também. Mas, a abertura que sempre mantive espero manter perante muitas outras manifestações artísticas ajuda a criar um universo pessoal e, para alguns, fantasioso.
Possidónio Cachapa hoje em entrevista ao Diário Digital.
O vento empurrou a neve contra o que tinha sido uma janela e estava agora tapado com metade da porta de um arquivo de documentos e folhas de jornal que não conseguiam vedar completamente o ar frio. Por isso, a temperatura na casa da Alice nunca subia muito acima dos zero graus.
Neste momento, neste preciso momento, aperta ela um pouco mais o papel desbotado na frincha da janela. As letras impressas não passam de uma vaga ilusão que pouco ou nada significa. Treme, sem dar conta, Alice. Passou a ser um estado natural ter um corpo que não consegue permanecer quieto. Aperta um pouco mais o fecho éclair do casaco de malha azul e puxa mais para baixo as luvas sem dedos.
É daqui a nada. Helena Vasconcelos, leitora, autora, encantadora de leitores, guia-nos pel'O Mundo Branco do Rapaz-Coelho, onde também há uma Alice.
O Mundo Branco do Rapaz-Coelho já está nas livrarias e será apresentado no próximo dia 23 por Helena Vasconcelos, às 18h30, na Fnac Colombo.
De onde vens?, perguntaram à rapariga que chegara descalça sobre a neve.
Assim começa o novo romance de Possidónio Cachapa, O Mundo Branco do Rapaz-Coelho, que livrarias já na próxima segunda-feira. Quem quiser, além da primeira frase, ler os três primeiros capítulos, pode seguir o linque e descarregá-los no site do Diário Digital.
O filme de Angelo Gonzalez para o novo livro de Possidónio Cachapa. Mais uma vez, agora que falta pouco para O Mundo Branco do Rapaz-Coelho chegar às livrarias.
«E todos se debruçaram sobre a mão bordada, os olhos subitamente húmidos e os lábios trementes. E o choque e a certeza de estar perante alguém que vinha do Lugar Afortunado provocou na multidão um efeito imprevisível de histeria. Diz-nos, onde está, pediram. Pareces uma pessoa de bom coração, tens de te apiedar de nós, os que temos vivido em desgraça, Toma, dou-te isto e tudo o mais que tiver se me contares como é que se vai para lá, A mim, diz-me a mim, aqui, junto ao ouvido, se não queres que mais ninguém saiba…»
Mais um excerto de O Mundo Branco do Rapaz-Coelho, de Possidónio Cachapa, que chega às livrarias no próximo dia 20.
«E todos se debruçaram sobre a mão bordada, os olhos subitamente húmidos e os lábios trementes. E o choque e a certeza de estar perante alguém que vinha do Lugar Afortunado provocou na multidão um efeito imprevisível de histeria. Diz-nos, onde está, pediram. Pareces uma pessoa de bom coração, tens de te apiedar de nós, os que temos vivido em desgraça, Toma, dou-te isto e tudo o mais que tiver se me contares como é que se vai para lá, A mim, diz-me a mim, aqui, junto ao ouvido, se não queres que mais ninguém saiba.»
Um excerto publicado por Possidónio Cachapa no seu blogue.
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