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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

«Escrever um romance de ideias, profundamente marcado por uma certa visão do mundo, parecendo que se está unicamente a contar uma história que merece ser contada, é feito apenas ao alcance de grandes escritores. Com a mão certeira para embrenhar a narrativa num percurso ideológico, Vargas Llosa assina em O Herói Discreto uma história folhetinesca com contornos policiais (na verdade, duas histórias que caminham paralelas até se fundirem numa só narrativa) onde o seu manancial de recursos literários se desenrola com todo o esplendor.»

 

Sara Figueiredo Costa, Time Out

 

«Correm dois enredos paralelos em O Herói Discreto, o mais recente romance do escritor hispano-peruano, Nobel da Literatura em 2010. A primeira tradução é a portuguesa e óptima, ou não fosse assinada por Cristina Rodriguez e Artur Guerra. Llosa inspira-se numa história real e produz um vintage. Recupera personagens, cruza-lhes as histórias lá mais para o fim do livro, mas põe tudo no presente e impregna-o com as preocupações expostas no ensaio A Civilização do Espetáculo (Quetzal, 2012). […]

Em contraponto, Llosa, um dos raros liberais sul-americanos, continua a ficcionar a rectidão de alma e a enaltecer a rebeldia do cidadão comum, pequeno David em luta contra o Golias da corrupção.»

 

Filipa Melo, Sol

 

«Há duas palavras que marcam todas as páginas de «O Herói Discreto»: lealdade e ética. Acreditamos que Ismael Carrera e Felícito Yanaqué não são mais do que uma justa homenagem de Llosa aos anónimos de todas as sociedades, personagens/pessoas que, devido às suas convicções, construíram e fizeram crescer sem medo uma aldeia, uma cidade, um país.

 

Ambos assumem o papel de revolucionários silenciosos (não é por acaso que Yanaqué é saudado na rua pelo cidadão comum), seres que não se intimidaram com as ameaças das quais foram alvo, mesmo quando elas surgiram da própria casa. Tanto Ismael Carrera e Felícito Yanaqué são acima de tudo fiéis aos seus ideais, que acabam por ditar os seus passos (e, consequentemente, o de outros…).

 

«O Herói Discreto» mantém portanto o «sangue» de Vargas Llosa, o seu ADN. Os temas de sempre estão todos no livro, como a eterna luta entre os poderosos e os oprimidos, mas também os dilemas da humanidade, inclusive o religioso (o único «nó» que não é totalmente desfeito na história). É no entanto de salientar que o livro não está ao nível das obras emblemáticas do peruano, muito longe disso, mas «O Herói Discreto» não defraudará os seus admiradores. Antes de tudo, é um Vargas Llosa puro.»

 

Pedro Justino Alves, Diário Digital

 

Felícito Yanaqué é um homem de cinquenta anos, respeitado pela comunidade e proprietário de uma empresa de transportes que fundou e fez prosperar na cidade de Piura, no noroeste do Peru. Sem instrução, oriundo de uma família pobre e gestor cuidadoso dos seus bens, Felícito conquistou tudo a pulso, de uma forma tranquila, discreta e constante, atributos que se poderiam também aplicar à sua personalidade. Casado, com filhos já adultos, Felícito Yanaqué mantém uma amante de longa data, exuberante beleza da cidade. E também outra relação – não de natureza sexual – com Adelaida, uma vidente cujo conselho Felícito segue quase sempre, quer se trate de negócios ou de matéria puramente pessoal ou, mesmo, íntima.

 

Tudo corre bem na sua cidade; tudo normal. Só que Felícito Yanaqué começa a receber cartas anónimas de extorsão; e quando a ameaça de represálias passa à concretização, Yanaqué decide resistir a tudo isto sem apoio, estoica e discretamente. Como um herói.

 

Depois da atribuição do Prémio Nobel, do romance O Sonho do Celta ou de A Civilização do Espetáculo (conjunto de ensaios sobre o estado da cultura na atualidade), Mario Vargas Llosa regressa agora com um extraordinário e invulgar romance que relembra os cenários, os personagens e alguns dos temas dos seus livros fundadores – a coragem, o medo e a necessidade de resistir a novas formas de injustiça e de maldade.

 

A tradução é de Cristina Rodriguez e Artur Guerra, que em 2011 receberam o prémio da Casa da América Latina pela tradução de 2666.

 

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