"Em 17 pequenos-grandes contos, Jorge Luis Borges discorre sobre alguns dos temas universais que estiveram, desde sempre, presente na sua escrita: o tempo, o sonho, o infinito, a morte, a justiça, Deus, a ética. Sempre com o fantástico como papel de parede: em «O imortal» procura-se a secreta Cidade dos Imortais e a vida eterna; «História do guerreiro e da cativa» é um dos dois contos – a par de «Emma Zunz» – que parte de factos fidedignos, e que revela a escolha entre o lado racional ou animal da vida; «A casa da Astério» é uma fábula sobre um deus que aguarda o seu redentor; «Abenjacan, o Bokhari morto no seu labirinto» conta a história de um homem preso no seu próprio esconderijo, guardado por um escravo e perseguido por um morto sedento de vingança; «Os dois reis e os dois labirintos» mostra que a melhor prisão não precisa de ter escadarias, portas ou paredes; «O Aleph», que dá título ao livro, é o conto supremo, trespassado pela loucura, onde numa casa à beira da demolição se poderá ver, através de um único ponto, o Universo inteiro."
Pedro Silva, Rua de Baixo
Aqui.