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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

A cerimónia oficial de entrega do Grande Prémio de Crónica, a J. Rentes de Carvalho, pelo livro Mazagran, decorrerá na próxima 3ª feira, dia 10 de dezembro, às 17h, no Auditório da Biblioteca Municipal de Sintra.

 

Recordamos que o júri constituído por Francisco Duarte Mangas, Manuel Frias Martins e Serafina Martins, atribuiu, por unanimidade o prémio à obra de J. Rentes de Carvalho, a quem, no ano anterior, já tinha sido atribuído o Grande Prémio de Literatura Biográfica, pelo livro Tempo Contado.

 

Mazagran, publicado pela Quetzal Editores em outubro de 2012, foi o livro distinguido na edição deste ano.

 

 

As crónicas publicadas por J. Rentes de Carvalho nos jornais neerlandeses NRC-Handelsblad e Volkskrant estão reunidas no volume Mazagran, que o júri do Grande Prémio do Conto APE/CM Sintra escolheu distinguir, entre as 34 obras apresentadas a concurso. Francisco Duarte Mangas, Manuel Frias Martins e Serafina Martins, que integravam o júri, decidiram por unanimidade.

 

Parabéns ao autor!

 

 

“Entre a piada e a nostalgia, o escritor fala de refúgios de políticos e da curiosidade que despertam em portugueses e holandeses, de como prefere a contenção dos chineses no aplauso ao exteriorizar de emoções dos latinos, do acordar em Trás-os-Montes sem vidros duplos, da sua ignorância acerca dos belgas, da aversão à beira-mar, de como nunca acreditou que Portugal fosse um país próspero, ou de como chegou à Holanda na década de cinquenta pensando que seria apenas por duas semanas. Foram mais de cinco décadas. E são mais de cem as crónicas. Nem em todas consegue o mesmo brilhantismo, mas estão lá os condimentos que fizeram de Rentes de Carvalho uma das mais estimulantes descobertas literárias dos últimos anos em Portugal.”

 

Isabel Lucas, Público

 

“Mesmo quando não se trata de um romance, registo em que o autor é magistral, o melhor de um livro de Rentes de Carvalho é tudo. A escrita elegante, a bagagem lexical digna de um Aquilino em trânsito pela cidade ou a semântica com sentidos que se estendem para lá do óbvio. E depois há a ironia, o humor refinado, o tom tão cosmopolita quanto telúrico, provável eco da constante divisão do autor entre Trás-os-Montes e a Holanda. Esse eco, de certo modo, faz de Rentes de Carvalho um António Variações das letras – com Braga em Estevais de Mogadouro e Nova Iorque em Amesterdão –, capaz dos parágrafos mais elaborados mas com a exuberância disfarçada de contenção, como quem se limita a estar à conversa numa mesa de café, esbanjando elegância e cultura em doses generosas e discretas.”

 

Sara Figueiredo Costa, Time Out

 

"O mazagran, é sabido, é uma bebida. Neste caso, explica o autor, é também um convite. Rentes de Carvalho convida os leitores para se sentarem com ele à mesa para uma amena cavaqueira.

Sirva-se então o mazagran: «um copo grande cheio até mais de um terço com café forte, um volume igual de água gasosa, muito açuca, uma rodela de limão.» E acrescenta Rentes de Carvalho, dado que esta é uma bebida muito popular no Magrebe: «Quando o Profeta abranda a sua vigilância junta-se-lhe um cálice de conhaque. Bebe-se quente no inverno e quase gelada nos dias de calor.»

A palavra mazagran, que dá título ao livro, só aparece no prefácio. É o tal convite do autor. O resto são «recordações e outras fantasias», como o próprio explica no subtítulo.

No fundo, trata-se de um conjunto de crónicas, boa parte delas em forma epistolar. Por elas, passam as reflexões de um transmontano a viver há décadas na Holanda. Até há muito pouco tempo, aliás, Rentes de Carvalho era mais conhecido no país que o acolheu - e que chegou a fazer dele um autor best-seller - do que no país onde nasceu.

Agora que as suas obras estão finalmente a ser publicadas com destaque na sua língua original, o português, é caso para lembrar a frase-síntese de José Saramago a respeito de uma obra que vale a pena descobrir: «o prazer da linguagem em que a simplicidade vai de par com a riqueza.

O livro do dia TSF é: «Mazagran», de José Rentes de Carvalho, edição Quetzal"

 

Aqui.

 

Depois do anúncio da atribuição do Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/Câmara Municipal de Castelo Branco ao diário Tempo Contado, este é o primeiro livro de J. Rentes de Carvalho a chegar às livrarias (4 de outubro). É um conjunto imperdível de crónicas de um mestre da língua portuguesa. Ficam aqui dois aperitivos:

 

“À infância ninguém retorna e o passado perde-se sem remédio, mas por repentes toma-me a vontade de voltar à terra onde nasci e lá, tirando da prateleira da cozinha um copo grosseiro, sentar-me num escabelo junto da pipa e beber como dantes: sem ciência nem medo de errar, só por gosto.”
 
"Desde então divertem-me sobremodo os vários esquemas com que os editores, e muitos escritores também, tentam despertar o favor do público para, juntamente com as trombetas da glória, poderem ouvir o delicioso som que produzem os maços de notas ao ser contados."
 

 

 

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