«A prosa profundamente elegante de Geoff Dyer vai tecendo as ligações entre estes músicos e os seus particulares territórios de descoberta, de sonhos e de muitos pesadelos. Mas todos eles tinham uma aura. E uma mística muito particular. Mas, ao mesmo tempo, o método utilizado por Dyer é pouco usual, porque não sendo pura ficção também descola da realidade que retrata. Estamos assim num território de fronteira que ainda é mais apetecível para o leitor, mesmo aquele que não é propriamente fã do jazz. As páginas ilustram reinterpretações de acontecimentos, baseados em factos reais ou em algo que foi sendo sussurrado nos ouvidos de quem queria escutar. Por isso, a obra está cheia de detalhes, de pormenores muito ricos. E, depois, é notório o profundo amor que Dyer devota ao jazz, a esta música que o marcou profundamente. As suas descrições dos músicos são, na maior parte dos casos, pequenas obras-primas da prosa.»
Fernando Sobral, Jornal de Negócios