«A história da China é um intrincado puzzle que nos seus tempos ancestrais tinha na figura omnipresente e omnipotente do Imperador, um cruzamento entre o Homem e um ser divino. O povo, completamente subjugado perante tal colossal força, enfrentava a vida como uma consequência das filosofias, politicas, desejos e caprichos do seu Senhor.
Cixi, uma das mulheres mais fortes da história chinesa, foi uma dessas marcantes personagens e ficou conhecida com a “Imperatriz Viúva”. O seu governo durou décadas e fez a difícil transição entre a era medieval e os tempos modernos. Viveu entre 1835 e 1908 e subiu na hierarquia imperial chinesa de forma meteórica depois de chegar ao convívio do Imperador como uma concubina incluída nos níveis inferiores.
Sob a forma de um fascinante documento bibliográfico, Juan Chang, a conhecida autora de livros como “Cisnes Selvagens”, transforma “A Imperatriz Viúva – Cixi, A Concubina que Mudou a China” (Quetzal, 2014), num completíssimo e apaixonante perfil de uma mulher que ousou desafiar tradições, mitos e personalidades tendo como fim em si mesmo o progresso da colossal China, um país que chegou a deter cerca de um terço da população mundial.»
Carlos Eugénio Augusto, Rua de Baixo