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Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.
Depois de Da Europa de Schuman à Não Europa de Merkel, Eduardo Paz Ferreira regressa com um conjunto de crónicas fundamentais para percebermos as transformações de Portugal durante os «anos de chumbo» da crise e da austeridade.
«Nunca desistente, Paz Ferreira propõe soluções ou, pelo menos, discussões sobre soluções.»
Francisco Louçã, Público
Em Encostados à Parede – Crónicas de novos anos de chumbo, o seu novo título, Eduardo Paz Ferreira retoma a observação e o pensamento sobre a vida que vivemos em Portugal e na Europa, neste período que designa por «anos de chumbo». O autor segue as políticas económicas e sociais dos últimos dois anos, bem como o impasse de uma União Europeia que descreve como conformista e incapaz de construir um projeto mobilizador de futuro. Nesse horizonte, o pensamento e actuação de um novo protagonista da ação católica, o Papa Francisco, são analisados na sua novidade, na sua capacidade para construir pontes e retomar a esperança e entusiasmo do Concílio Vaticano II.
Partindo da explicitação da sua visão do mundo, Paz Ferreira evoca ainda, em jeito de homenagem, alguns vultos da sociedade portuguesa que marcaram a sua vida e a da sua geração, que ele considera uma geração de corte e de esperança.
O rigor da análise académica conjuga-se com o entusiasmo da paixão cívica, com o sentido do justo e com o dever de homenagem. Para ler com atenção, com sobressalto, mas também com um sorriso.
Eduardo Paz Ferreira, autor de Da Europa de Schuman à Não Europa de Merkel, em entrevista à Rádio Renascença:
«Há uma metáfora futebolística no seu livro. O que é que quer dizer com uma União Europeia sem guarda-redes, sem treinador e sem espírito de entreajuda?
A ideia do guarda-redes tem a ver com o Banco Central Europeu, colocado como um banco independente que não pode auxiliar os Estados, como prestador de última instância. Confiscou aos estados a política monetária, deixando-os sem meios de se defenderem.
Sem treinador, porque não há um líder europeu consensual. A senhora Merkel conseguiu fazer sem armas aquilo que os alemães fizeram com armas e terror: subjugar totalmente a Europa.
Sem espírito de equipa, porque em vez de se ter afirmado a solidariedade entre os vários estados europeus, nunca a Europa esteve tão dividida entre norte e sul e entre ricos e pobres.»
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