É a palavra que resume a participação de Pedro Vieira nas Correntes deste ano. No entanto, e em resposta ao nosso pedido, o autor acrescenta algumas palavras:
"Sem pruridos posso dizer que a minha presença nas Correntes foi um sucesso, fui falar a uma escola básica e ninguém chamou a protecção de menores, provei do vinho da casa no zé das letras e não entrei para a lista de espera dos transplantes de fígado, afirmei que tinha escrito um "livro" e as pessoas acreditaram, dancei na pista do bar da praia e saí sem ser esfaqueado pela brunhilde da póvoa, nem sequer pelos seus nibelungos de bigode na beiça, fui fotografado pelo daniel mordzinski e o borges nem sequer estremeceu na tumba, falei numa rádio local que não foi incendidada, enfrentei uma plateia de 300 pares de olhos perfurantes sem ter de recorrer aos préstimos da lindor, fui alcunhado de mussolini e até achei graça, fiz e revi amigos, gravei um ah, a literatura e ninguém se riu (demasiado), tive vontade de beijar a manuela e o francisco e fi-lo sem pruridos, enfim, foi de orelha, rabo, volta à praça e saída em ombros, como diria o ex-ministro manuel pinho."