«"O Que Não Pode Ser Salvo", o título, é uma pergunta ou uma afirmação?
É algo que deixo à interpretação. O título, como muitas coisas que escrevo, é um reaproveitamento de outras coisas. Isso é uma tradução tosca de uma passagem da peça "Otelo", do Shakespeare. De alguma maneira, quis fazer um "Otelo" de pechisbeque, uma versão à portuguesa do "Otelo", sem gôndolas e com cacilheiros, mas com água também. No primeiro acto do "Otelo" há uma personagem que diz qualquer coisa como: "O que não pode ser salvo quando a fortuna intervém." Fortuna, entenda-se destino, sorte. Achei que se enquadrava, é uma tradução completamente livre.»
Pedro Vieira em entrevista ao i.