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Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.
«Lê-se Bellow pelo prazer da frase, pela composição única da densidade das ideias, supremas capacidades de descrição física e musicalidade plástica do ritmo (fruto da audição de milhares de discos enquanto escrevia – dizia ele). Bellow, estilista sofisticado, é um ruminador da inadequação do homem (moderno) ao mundo. Escreve sobre o sofrimento - «um antídoto para a ilusão» - como um imperativo quotidiano, quase banal. Herzog, acertando contas com familiares, amigos, figuras públicas ou históricas, mortos ou vivos, em cartas que nunca envia, procura, sem sucesso, resolver o mistério central da solidão: porque são as pessoas tão difíceis de entender?»
Filipa Melo, Sol
«Herzog é um longo romance cómico – situado algures entre a ironia sonolenta de Leonard Cohen e o chutzpah neurótico de Woody Allen – em que o protagonista transmite a imagem perturbadora da instabilidade mental, com estados de euforia que se intercalam com o desespero da solidão e a depressão que a lembrança das traições – da ex-mulher, dos amigos, da família – lhe provoca. Na realidade, Moses Herzog é apenas um homem banal, o everyman moderno, enredado no caos de uma nova idade das trevas, a braços com o embaraço e o ridículo dos problemas familiares, profissionais e logísticos que não lhe permitem o espaço necessário para a busca da transcendência, para a tentativa de cura das dores de alma.»
Helena Vasconcelos, Público
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