«Vargas Llosa afirmou que é de um tempo em que os escritores acreditavam na literatura como "arma eficaz para combater as injustiças, em que as palavras eram armas, como escreveu Jean-Paul Sartre, e com elas se podia influenciar a história e, como escreveu Arthur Rimbaud, mudar a vida”.
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Llosa afirmou que acredita que a literatura deve “combater eficazmente os demónios e os males que grassam numa sociedade”.
“Desde logo que a literatura é uma forma de entretenimento”, afirmou e referiu “os homens e mulheres que, depois de uma dura luta diária, procuram num livro uma forma de evasão”, mas defendeu que a literatura não pode ser apenas isso, pois “o mundo em que vivemos é sempre insuficiente para satisfazer todos os nossos apetites e desejos”, e que esta “insatisfação, este entendimento das imperfeições da realidade foi sempre o grande motor das transformação, da rebeldia, da mudança. Do progresso e do colocar em causa o statu quo”.»
Diário Digital sobre a cerimónia de atribuição do doutoramento honoris causa pela UNL ao prémio Nobel Mario Vargas Llosa