A recensão de Hugo Pinto Santos, na Time Out, ao romance de estreia de Andréa Zamorano, A Casa das Rosas, um livro que tem surpreendido (e agradado) os leitores.
«A Casa das Rosas não é apenas a narrativa da jovem que se vê encurralada num cativeiro de luxo – habilmente descrito: “A minha casa era o sarcófago imperial” – nem a exposição (formalmente quase irrepreensível, salvo algum excesso expressivo) de uma situação familiar sufocante e malsã. Um ecossistema em que o espectro do incesto, os logros da transferência e a pressão psicológica montam armadilhas difíceis de contornar para qualquer autor. E no entanto, este livro não deixa de ser também isso. Mas é, igualmente, um hábil contraponto romanesco à reconstrução histórica levada a cabo nos seus interstícios.»