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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

 

Uma série de "receitas" em belíssimos textos, traduzidos pelo poeta Pedro Tamen, para ajudar à cura dos "males de que padecem as mulheres, ou a identidade feminina", que vão da infelicidade à traição, à frigidez, ao receio de ficar velha, ao nervosismo, ao medo das sogras, ao mau hálito, etc., etc., através duma sabedoria que vem de trás e que conhece o "feminino" em profundidade. Isto apesar de o autor ser um homem. Mas que teve cinco irmãs, ou seis mães, como ele diz, e a quem dedica esta obra. Ele, Hector Abad Faciolince, apenas "gostava de ser (...) um bom boticário, um farmacêutico, o senhor das receitas que te perfumem (mulher triste) a fantasia." Experimente, para ver se resulta.


Receitas de Amor para Mulheres Tristes

, de Héctor Abad Faciolince | série américas

 

 

Gabriel está a deixar de ser criança. Cresce no seu bairro, El Viaducto, entre Villa Mariel, as linhas ferroviárias Roca e a ribeira do Sarandí. Gabriel tem um amigo adulto que dorme no cemitério. Aprende imensas coisas com ele e com os túmulos. No bairro de Gabriel, a água pútrida do Sarandí incendeia-se. Brinca com um bando de miúdos, embora brincar, quando se vive em El Viaducto, também signifique brincar com a morte.

 

Um país está prestes a deixar de existir. A década de oitenta arrancou e a infância vai ficando para trás entre garrafões de vinho, colectas para sexo pago, amizades validadas pelo perigo e pelo medo. Há morte e há perda no fim da infância. Contudo, o que nunca se perde é o desejo, e A Origem da Tristeza não renuncia à alegria.

 

Neste romance, que tem muito de autobiografia, Pablo Ramos exibe os seus extraordinários dotes de narrador através de uma escrita luminosa e precisa de ritmo apaixonante, que sabe que o humor é mais poderoso que a autocompaixão e que a vida, se a deixarmos vibrar, abre caminhos mesmo onde estes não se vislumbram.

 

A Origem da Tristeza, de Pablo Ramos | série américas.

Tradução de Margarida Amado Acosta.

 

 

 

O Que Sabemos do Amor (Begginers, na edição em inglês) é um extraordinário conjunto de histórias passadas no Midwest americano, cujas personagens são homens e mulheres que bebem, pescam e jogam às cartas para suavizar a solidão e a passagem do tempo. Destes dezassete contos, considerados obras-primas da ficção americana contemporânea, alguns foram adaptados ao cinema por Robert Altman no filme Short Cuts.

 

Esta é também a versão integral do livro que consagrou Carver, publicado com o título De Que Falamos Quando Falamos de Amor e que resultou de uma severa edição, que reduziu a cerca da metade o original inicialmente entregue pelo autor. Se nas suas obras posteriores Carver partiu do minimalismo adstringente de De Que Falamos Quando Falamos de Amor, não deixou porém de desenvolver a empatia expansiva e cheia de nuances que começara a emergir em O Que Sabemos do Amor. Eis, portanto, a escrita de Carver no seu estado mais puro.

 

O Que Sabemos do Amor - Begginers | serpente emplumada | Raymond Carver

Tradução de João Tordo.

 

Ao assistir, à distância, a um funeral, um homem é assaltado por uma estranha sensação de déjà vu: já teria estado naquele mesmo cemitério, rodeado daquelas pessoas, a enterrar aquele mesmo homem? Enquanto tenta perceber como ali chegou, reconstitui os últimos dias da sua vida, recordado a descoberta de três mulheres viúvas de um só homem, numa cidade cheia de fantasmas e gritos de alerta. Todas as Viúvas de Lisboa é um romance sobre o acaso, a identidade e o confronto com a certeza da morte.

 

Todas as Viúvas de Lisboa, de Alexandre Borges | série língua comum

 

 

O livro será apresentado por Pedro Marques Lopes e Nuno Costa Santos, em Lisboa,

no Frágil, dia 10 de Dezembro, pelas 22h00. Depois, haverá música, festa.

 

 

A história de Crime começa num voo para Miami. Nele viaja o detective escocês Ray Lennox acompanhado da noiva, Trudi. Enquanto Lennox tenta combater sucessivas vagas de pânico, ela lê, imperturbável, a Noiva Perfeita. Em busca de umas férias retemperadoras Flórida, vão também começar a preparar a festa do casamento, que se avizinha.


Lennox tem atrás de si uma cura de desintoxicação e o desfecho de uma investigação. Porém a imagem do pedófilo (entretanto capturado) e sobretudo da vítima, que não conseguira salvar, ensombram a sua existência.

 

A luminosidade e o calor impiedosos de Miami vão agravar o sofrimento do detective — um verdadeiro feixe de nervos e angústia — dilacerando-o ao ponto da ruptura com a namorada e da recaída na cocaína. Quando acorda da noite violenta que passou em casa das duas raparigas que conhecera no bar, vê-se a braços com uma tarefa surpreendente, mas talhada para si: resgatar uma criança de do poderoso ninho de pedofilia em que ele, Lennox, aterrara involuntariamente na véspera.
 

Crime, de Irvine Welsh | Serpente Emplumada | Irvine Welsh

tradução de Jorge Pereirinha Pires

 

A capa da edição portuguesa de Crime foi escolhida pelos leitores da Quetzal no Facebook.

 

Algures na Cisjordânia entre a Linha Verde e o «muro de segurança», uma patrulha israelita é atacada por um comando palestiniano. No confronto, um dos soldados é abatido, o outro feito prisioneiro pelo comando que depressa se põe em debandada... Ferido, em estado de choque,  o refém perde todas as referências, esquece como se chama. Para ele, é a passagem para o outro lado do espelho. Único sobrevivente, sem documentos, vestido à civil e de keffieh, o jovem militar é recolhido, tratado e depois adoptado por duas palestinianas. É nessa condição que Nessim descobre e experimenta os sofrimentos e tensões de uma Cisjordânia ocupada. Neste comovente romance, através da personagem de Falastìn, Hubert Haddad converte todo o horror do conflito numa alegoria trágica de grande beleza.

 

 

Palestina, de Hubert Haddad | série mediterrâneo

Tradução de Ana Cristina Leonardo

 

Amanhã nas livrarias.

 

Ética a Nicómaco trata da felicidade como projecto essencial do ser humano. Das virtudes, da sensatez, do que se pode e do que se deve fazer. Trata da possibilidade de se existir de acordo com as escolhas que fazemos. De se ser autónomo, de viver com gosto. Trata da procura do prazer pelo prazer - e do prazer pela honra. Da justiça. Das formas de vida que levam à felicidade. Da procura do amor. É um livro fundamental para a cultura do ocidente.

 

Ética a Nicómaco, Aristóteles | tradução, introdução e notas de António de Castro Caeiro


ARISTÓTELES nasceu em 384 a.C. É um dos mais influentes filósofos da História do pensamento ocidental. Fundou várias disciplinas e influenciou muitas outras: Lógica, Epistemologia, Biologia, Física, Teoria da Literatura, Direito e Filosofia. Ao longo dos tempos, Aristóteles tem sido tratado em cada época como um contemporâneo que acabou de publicar os seus textos e cuja recensão é premente.

 

ANTÓNIO DE CASTRO CAEIRO é professor auxiliar, agregado em Filosofia Contemporânea, e ensina no Departamento de Filosofia da FCSH dsde 1990. É membro do Instituto Linguagem, Interpretação e Filosofia e as suas áreas de investigação são a filosofia antiga e contemporânea. Orientou seminários de tradução do grego, do alemão e do latim e traduziu para português além de Ética a Nicómaco e as Odes Políticas de Pindaro.

 

Amanhã nas livrarias.

 

Apresentado no dia 29 de Julho, na Livraria Bertrand do Chiado

pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa e o Padre Tolentino de Mendonça. 
 

 

Só os anúncios publicitários transmitem a ideia de uma cidade feliz. E o detective Manuel da Rosa sabe disso. A sua rotina de viagens nocturnas pela cidade termina quando um comerciante de arte, Ernesto Ávila, aparece morto. À medida que o detective vai conhecendo melhor o misterioso passado do morto, um homem que não gostava de ser conhecido, recorda-se do tempo em que ele próprio tentava esquecer a sua identidade. E a pensar na sua relação com Ana Moreno. Tudo se complica com a chegada da fascinante e enigmática, Susana Wong. Ela pode ser a explicação de tudo. Até da razão porque é cada vez mais difícil saber onde está a verdade e onde está a mentira. 

 

L.Ville, de Fernando Sobral | língua comum

Amanhã nas livrarias.

 

 

Vergílio Ferreira, escrevendo no Portugal de Salazar, descreve um país ancorado nos confins dos tempos e que permaneceu inalterado quase até aos nossos dias.Frases magníficas, num português sem rugas, mas que nos introduzem afinal num mundo primitivo, com as suas anacrónicas noções de honra e os seus insólitos rituais de inspiração bíblica. O Vergílio Ferreira-contista nada fica a dever ao Vergílio Ferreira-romancista: em qualquer dos casos é sempre um vulto maior das nossas letras.

 

Vasco Graça Moura conta-nos o naufrágio financeiro de um empresário, nas vésperas do 25 de Abril de 1974. Os nomes das personagens da família do protagonista, Manuel de Sousa Sepúlveda, coincidem com os nomes da família do infeliz navegador do século XVI, narrado na História Trágico-Marítima. Neste romance, onde se conta a história de um homem que tenta “salvar o barco” da sua empresa, no contexto da “batalha naval nas águas da banca portuguesa” (num momento crucial da história nacional, o fim do fascismo e o período mais turbulento da Revolução de Abril), há sempre elementos simbólicos do próprio naufrágio nacional. Publicado pela primeira vez em 1988, Naufrágio de Sepúlveda mantém-se actual.

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