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Joana Emídio Marques, do Diário de Notícias, falou com vários admiradores portugueses da obra de Borges. Aqui ficam, com o devido agradecimento, as respetivas declarações:
"O que sempre me fascinou nas obras de Borges foi a forma como elas conseguiam mostrar que a literatura é um mundo paralelo perfeito. Nenhum outro escritor nos possibilita tão vertiginosas desciadas ao absurdo. Não sendo colecionador, a única coisa que coleciono são as primeiras edições de livros do Borges, o que demonstra bem a minha estima por ele."
António Mega Ferreira, escritor
"Descobri Borges ainda muito jovem, até porque ele foi uma leitura obrigatória para quase todos os escritores da minha geração. A minha formação em Filosofia também ajudou a potenciar o meu interesse pela sua literatura metaficcional. Lembro que o primeiro livro que li foi 'Ruínas Circulares'. Estranhamente, hoje acho esse conto muito datado."
Luísa Costa Gomes, ficcionista e dramaturga
"É o meu escritor. Sou um borgiano e, como tal, gosto de todas as obras dele. Ficção, poesia, ensaio, são facetas de uma imensa inteligência e sentido estético apurado. Todo o imaginário dele nasce da própria ideia de literatura. Ideia dentro da qual ele vivia. Considero que 'Ficções' é o mais perfeito dos livros. É um escritor que através do complexo consegue chegar ao essencial."
José Mário Silva, jornalista e poeta
"Borges foi leitura assídua de muitos da minha geração [...], como sequência natural dos surrealistas. De que o Borges, é claro, não é, mas de cujos deslocamentos conceptuais partilha. Borges aproxima-se também da tradição cabalista na forma como trabalha a partir das ressonâncias do alfabeto."
Helder Macedo, ensaísta e poeta
Na lista de maiores escritores do século XX, há vários nomes que são sempre citados: Proust, Joyce, Kafka. Jorge Luis Borges é um deles. A sua ascensão ao panteão literário foi lenta, mas com a entrega do prémio Formentor, em 1961, fixou-se aí definitivamente. Borges tornou-se uma lenda, um arquétipo do escritor erudito e de infinitos conhecimentos enciclopédicos, que inspirou Umberto Eco na criação de Jorge de Burgos, o monge cego de O Nome da Rosa. Bibliotecas, tigres, espelhos e labirintos: não é possível pensar em qualquer destes substantivos sem que o nome de Borges nos ocorra de imediato. São elementos de um universo único que gerou uma multidão de admiradores e imitadores, embora nenhum tivesse atingido o nível do mestre. Tal como os escritores referidos no início, Jorge Luis Borges não recebeu o prémio Nobel.
Poeta, contista e ensaísta, Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires, em 1899, e morreu em Genebra, em 1986.
A Quetzal dá início, a 3 de fevereiro, à publicação das obras de Jorge Luis Borges com a saída em simultâneo de dois livros: História da Eternidade e O Livro de Areia. O primeiro, que reúne ensaios, revela o Borges polímato, o escritor erudito. O segundo é um exemplo de mestria da narrativa curta, em que Borges revisita temas desenvolvidos anteriormente, como a ideia de um livro infinito.
"Da apresentação de livros das chancelas do Grupo Bertrand/Círculo, realizada esta manhã durante um pequeno-almoço na Bénard (Chiado), destaca-se o anúncio de que as obras de Jorge Luis Borges vão ser reeditadas pela Quetzal, livro a livro, na maior parte dos casos mantendo as traduções incluídas nas Obras Completas, publicadas há uns anos pela Teorema."
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