«Correm dois enredos paralelos em O Herói Discreto, o mais recente romance do escritor hispano-peruano, Nobel da Literatura em 2010. A primeira tradução é a portuguesa e óptima, ou não fosse assinada por Cristina Rodriguez e Artur Guerra. Llosa inspira-se numa história real e produz um vintage. Recupera personagens, cruza-lhes as histórias lá mais para o fim do livro, mas põe tudo no presente e impregna-o com as preocupações expostas no ensaio A Civilização do Espetáculo (Quetzal, 2012). […]
Em contraponto, Llosa, um dos raros liberais sul-americanos, continua a ficcionar a rectidão de alma e a enaltecer a rebeldia do cidadão comum, pequeno David em luta contra o Golias da corrupção.»
Filipa Melo, Sol