«Em Nova Orleães não há apenas o jazz e o Mississipi, há sobretudo Donelly, um vizinho que tem cancro, pântanos e armas. No Camboja os templos são todos iguais, o calor é doentio, as viagens de barco são uma tortura. O pôr do sol em Angkor Wat é uma banalidade cheia de turistas. Paris não se atura sem se ter fumado erva. A Indonésia é tão encantadora que se torna aborrecida…
Chama-se Yoga para Pessoas que Não Estão para Fazer Yoga (Quetzal) e, ao contrário do que parece, não ensina nada sobre esta arte milenar, nem apela a um retorno das filosofias orientais. Está mais perto da ironia corrosiva de um Thomas Bernhard do que das teorias da felicidade do indiano Krishnamurti e é afinal…um livro de viagens que é também um conjunto de short-stories vividas ou imaginadas pelo escritor britânico Geoff Dyer […]»
Excerto de um artigo de Joana Emídio Marques no Diário de Notícias