«Certo é que o sujeito poético está sempre atento ao que o rodeia. É assim que se orienta, ponto vermelho a indicar o local onde nos encontramos no mapa de uma cidade. Ao deambular pela Europa (Veneza, Praga, Roma, Siena, etc.), deixa-se levar por uma espécie de melancolia da contemplação e coleciona experiências, embates com a «perecível beleza», ou momentos «tecnicamente felizes», por exemplo «abrindo nozes ao meio (quais cirurgiões das meninges)».»
José Mário Silva, Revista Ler