“Emergindo dos escombros de uma tradição literária desconfiada de dogmas e de ficções com ‘mensagem’, A Piada Infinita atreve-se não só a transportar dogmaticamente uma mensagem, mas também a oferecer uma alternativa terapêutica e uma hipótese de salvação. A sua descomunal ambição é submeter o leitor ao mesmo processo de reabilitação dos personagens: levá-lo, metaforicamente, a ‘bater no fundo’ dos seus pressupostos sobre o que uma obra literária deve fazer e oferecer; substituir os seus rituais por outros; reconstruí-lo do zero – enquanto leitor e, suspeita-se, enquanto pessoa.
Quer a ouçamos ou não até ao fim, essa é uma promessa que A Piada Infinita cumpre: mostrar-nos os nossos limites.”
Rogério Casanova, Ler