“A Arte da Viagem satisfaz o lado mais voyeurista do leitor de viagens, que não é necessariamente um viajante – a não ser muitas vezes “de olhos fechados” ou no próprio quarto, como Xavier de Maistre, um dos autores aqui citados. Não é um livro em que se possa saber do lado mais aventureiro de Theroux – a não ser pelas citações que faz de si próprio nas suas várias narrativas de viagens. Mas quem resiste a olhar para o interior das bagagens de Bruce Chatwin e de Paul Bowles, com as suas camisas de noite no deserto, ou a saber quem foram as companhias de André Gide ou de Somerset Maugham sempre que se transformavam em estranhos num lugar?”
Isabel Lucas, Público