O grande livro de viagens da literatura portuguesa do Século XX
Nas livrarias a 25 de Março
“É então que escreve Pescadores (1923), As Ilhas Desconhecidas (1927) e as Memórias (3 vols., 1919, 1925, 1933), onde, a par do encontro com os valores ingénuos da existência, ardorosamente desejados e procurados nas fases anteriores, passa a vibrar com o mundo das coisas e seres primitivos cheios de pureza, num naturismo que não esconde o melancólico e desalentado balanço de uma vida inquietada por trágicas visões e, ao mesmo tempo, uma revalorização comovida da paisagem portuguesa, naquilo que tem de mais autêntico e pitoresco.”
Massaud Moisés
“Para lá da vertente nocturna da sua obra, as suas narrativas de viagens, Os Pescadores (1923) e As Ilhas Desconhecidas (1926), abrem-nos sobretudo à embriaguez da luz e do policromatismo da paisagem (o apolíneo), escrevendo ao jeito impressionista de quem pinta (...)”
Vítor Viçoso
Autor
Raul Brandão nasceu na Foz do Douro, Porto, em Março de 1867 e aí passou a infância e a juventude. Era filho e neto de pescadores. Durante os anos de liceu, Brandão começou a interessar-se pela literatura. Frequentou, como simples assistente, o Curso Superior de Letras, após o que ingressou na Escola do Exército. Paralelamente a esta carreira – ligada à burocracia militar – Raul Brandão foi jornalista e escritor. Em 1896 foi colocado no regimento de Infantaria de Guimarães, cidade onde se casou e se instalou definitivamente. Só em 1912, depois de se retirar da vida militar, se dedicou em exclusivo à escrita, tendo publicado algumas das obras mais marcantes da nossa literatura do início do século XX, como Os Pescadores, Húmus, El-Rei Junot, A Morte do Palhaço e três notáveis volumes de Memórias, além de As Ilhas Desconhecidas. Morreu em Lisboa, em Dezembro de 1930.