Quando publicou o seu primeiro romance, Martin Amis tinha vinte e quatro anos. E em Os Papéis de Rachel, Charles Highway é o jovem precoce, inteligente e altamente sexuado, que lida com raparigas como o faz com a literatura - de forma sistemática. Enche pastas e pastas com observações, estudos e notas sobre as maneiras de levar mulheres para a cama. Mas, quando se prepara para os exames de admissão a Oxford, conhece Rachel, por quem se apaixona. A partir daí vai progressivamente percebendo que, ainda que o estudo sistemático de O Que Querem as Mulheres possa ensinar a seduzir mulheres, as relações precisam de mais do que instruções sobre como beijar ou acariciar. O livro de estreia de Amis pode funcionar como um contraponto da sua mais recente obra, A Viúva Grávida (publicado pela Quetzal), em que se dissecam os costumes (leia-se, os comportamentos sexuais) dos anos que iniciaram a década de 1970. Acolhido pela crítica com grande entusiasmo, Os Papéis de Rachel introduz temas e personagens que vão atravessar toda a ficção de Martin Amis e revela, tão prematuramente, o génio e o brilhantismo da sua prosa.
Os Papéis de Rachel, de Martin Amis | tradução de Jorge Pereirinha Pires
série serpente emplumada | Martin Amis