Álvaro Laborinho Lúcio, mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e magistrado de carreira, é juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça. De Janeiro de 1990 a Abril de 1996 exerceu, sucessivamente, as funções de secretário de Estado da Administração Judiciária, Ministro da Justiça e deputado à Assembleia da República. Entre Março de 2003 e Março de 2006, ocupou o cargo de ministro da República para a Região Autónoma dos Açores. Com intensa actividade cívica, é membro dirigente de várias associações, entre as quais se destacam a APAV e a CRESCER-SER, das quais é sócio fundador. Com artigos publicados e inúmeras palestras proferidas sobre temas ligados, entre outros, à justiça, ao direito, à educação, aos direitos humanos e à cidadania em geral, é autor de livros como A Justiça e os Justos, Palácio da Justiça, Educação, Arte e Cidadania, O Julgamento – Uma Narrativa Crítica da Justiça – e, em co-autoria, Levante-se o Véu. Agraciado pelo rei de Espanha com a Grã-Cruz da Ordem de São Raimundo de Peñaforte, e pelo presidente da República Portuguesa com a Grã- Cruz da Ordem de Cristo, é membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, exercendo, actualmente, as funções de presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho.
O seu primeiro romance, O Chamador, foi publicado pela Quetzal em 2014. Em setembro próximo sai o segundo.
AS PERGUNTAS E AS RESPOSTAS:
Um exemplo de beleza:
A minha mãe.
Um exemplo de elegância:
Erasmo de Roterdão.
Um exemplo de fealdade:
Adolf Hitler
A música que nunca lhe sai da cabeça:
Não uso a cabeça para prender o que quer que seja.
O lugar ideal para passar férias:
Quando encontrar, direi.
Qual foi o primeiro livro que leu? O que se lembra dele?
Só me lembro de que o livro tinha um título que incluía um Agapito. Não me lembro de mais coisa nenhuma.
Que livro o obrigaram a ler na escola que achou insuportável?
O Auto da Alma, de Gil Vicente. Mais tarde arrependi-me.
Qual é obra que releu mais vezes? Porquê?
Nunca reli completamente nenhuma obra. Volto a algumas, mas para reler apenas partes.
Vai parar a uma ilha deserta e encontra o pior livro imaginável. Como se chama?
Cem Anos de Solidão.
Qual é o melhor local para ler? E o pior?
Um qualquer. O pior, nenhum.
A bebida ideal para acompanhar uma boa leitura?
Depende da leitura.
Costuma sublinhar livros ou escrever neles ou é daqueles que os mantém imaculados?
Sublinho e escrevo. Que mais não seja para os não manter imaculados.
Usa um marcador ou dobra as páginas?
Uso marcador. Quando não há, decoro a página. Quando me esqueço, arrependo-me de não a ter dobrado.
Em miúdo, sonhou em ser igual a que personagem literária? Porquê?
Ao Sandokan. Porque era um herói justo. Pelo menos, parecia-me.
De que livro tirava o seu epitáfio, porquê?
De um livro meu. Para ter a certeza de que o meu epitáfio não valeria mais do que eu.
Um filme que gostaria de rever sempre.
Casablanca.