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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

O escritor colombiano Héctor Abad Faciolince foi um dos convidados do Correntes d'Escritas e falou com João Céu e Silva sobre Oculta, o seu romance mais recente e que já se encontra nas livrarias.

 

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 «Héctor Abad Faciolince está desde o início do mês na Holanda numa residência para escritores, onde se sente num mosteiro, tal é o silêncio, a escrever um romance começado na Colômbia, intitulado O Centro. Diz que Portugal é o país onde mais livros seus foram publicados, daí que vir ao Correntes d"Escrita pela terceira vez seja um prazer. Um escritor que aos 17 anos parou de estudar um ano para ler os sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust.

Gosta de vir ao Correntes?

Sim, muito, e tenho pena de não ficar tanto tempo como antigamente. Da primeira vez foi muito emocionante pois nunca tinha estado em Portugal.

Espera alguma coisa destas sessões?

Uma pessoa muda muito ao longo da sua vida, por isso há 15 anos parecia uma esponja que absorvia tudo o que era possível. E tinha tempo para me sentar nos cafés do Porto e ir à livraria Lello & Irmão. O triste de envelhecer é que a esponja já absorve muito menos, pois estamos mais concentrados nas nossas preocupações. É o que me acontece agora, porque estou focado no romance e só vim dois dias, para interromper ao mínimo o processo de escrita. Portanto, a condição psicológica é diferente. Não vim para conhecer colegas, ouvi-los, ver os seus livros - o que era muito mais apaixonante. Agora venho em trabalho.»

«Céu Nublado com Boas Abertas não é viciante, mas é viciante. O fio do passado, antigo e datado, empolga-nos, ao passo que o fio do presente, actual e imprevisível, embala-nos. É de todo este jogo diegético, da mestria narrativa com que Nuno Costa Santos aguenta a ficção e a não-ficção, no seu regiso Sebald-urbano-depressivo, que se faz um notável romance de estreia. Nota-se que é uma estreia com muita bagagem, de alguém que se preparou para esta maratona com muitas corridas à volta do quarteirão.»

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Gonçalo Mira, no Ípsilon, dá quatro estrelas ao notável romance de estreia de Nuno Costa Santos.

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Novo romance de Rentes de Carvalho. Uma história de violência, em que a progressiva definição dos contornos da memória trará novas e dolorosas verdades.

Romance inédito que conta a história de António Roque, homem atormentado, possesso do demónio de funestas memórias. As imagens do passado que regularmente se apoderam dele transformam-no num monstro capaz dos piores actos. No entanto, a obscura história da irmã e do homem abastado que se servia dela e que, apesar de morto, continua a instigar-lhe um ódio devastador, não é exatamente como ele pensa que se lembra.

Depois de anos emigrado na Alemanha, o Meças regressa à sua aldeia de origem. Com ele vivem o filho (a quem detesta) e a nora (a quem deseja, mas inferniza a vida), atemorizando de resto todos os que com ele se cruzam.

 

«O Meças é um romance sobre a maldade – e sobre Portugal, transfigurado numa história «no mundo rural», longe das cidades, dos círculos «bem-educados» e cosmopolitas, da hipocrisia e do esquecimento.»

Francisco José Viegas

Na XVII edição do Correntes d’Escritas – que junta anualmente leitores e escritores de expressão ibérica na Póvoa de Varzim – a Quetzal Editores marca novamente presença com sete autores publicados e o lançamento de três romances.


Não Há Tantos Homens Ricos Como Mulheres Bonitas Que os Mereçam, de Helena Vasconcelos, será apresentado no dia 23 de fevereiro, às 18h00, na Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição.


O romance de Nuno Costa Santos, Céu Nublado com Boas Abertas, será apresentado por Ivo Machado, no dia 26, sexta-feira, às 12h00, na Sala de Atos do Cine-teatro Garrett.

 

No dia seguinte, à mesma hora, no mesmo local, é o lançamento de Oculta, do escritor colombiano Héctor Abad Faciolince.

 

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A estes escritores, juntam-se Manuel Jorge Marmelo – que este ano celebra 20 anos de atividade literária –, Álvaro Laborinho Lúcio (de quem a Quetzal publicou em 2014 O Chamador) e José Luis Peixoto (com o seu recente Em Teu Ventre).


Pedro Vieira, autor de O Que Não Pode Ser Salvo e Última Paragem: Massamá, também estará presente durante o encontro, assim como os nossos autores Manuel Alberto Valente, Maria do Rosário Pedreira e muitos outros escritores que ali se juntam de 23 a 28 de fevereiro, a leitores de todo o país e estudantes do concelho.


O programa completo pode ser consultado aqui.

«Deste modo, Helena Vasconcelos sai vitoriosa da sua primeira incursão pelo romance. Com efeito, se Não Há Tantos Homens Ricos como Mulheres Bonitas que os Mereçam pode não ser uma obra-prima, está muito, muito longe de conter os “defeitos” de uma primeira obra. É, sem dúvida, uma obra de maturidade pessoal exprimindo a síntese conclusiva do pensamento de uma vida ligada à literatura e ao ensaio, privilegiando um fim de vida liberto mas sereno, despreconceituado mas sem alarde ou ostentação.»

Miguel Real, Jornal de Letras

 

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O livro de Ana Cássia Rebelo, Ana de Amsterdam, vai ser publicado no Brasil pela prestigiada Biblioteca Azul. Clique na imagem da capa e veja o vídeo em que a editora Ana Lima Cecílio fala sobre o livro. "Ana Lima Cecílio fala sobre [...] uma antologia de textos do blog que Ana Cássia mantém desde 2006. Os textos tratam do cotidiano da portuguesa, abordando temas como depressão, filhos, trabalho e solidão. Ela é uma das revelações no panorama editorial português e se aproxima de vozes como Elena Ferrante, Sylvia Plath e Alice Munro."

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“Tomo cerca de 12 comprimidos por dia para evitar ficar demasiado deprimido”, escreve Andrew Solomon. “Nas últimas fases da escrita deste livro, tive ataques de pânico e de solidão. Não eram sintomas depressivos, mas por vezes escrevia uma página e tinha de me ir deitar durante meia hora para recuperar das palavras que tinha escrito. Por vezes, chorava; por vezes, ficava ansioso e passava um ou dois dias na cama.” No fim, o seu O Demónio da Depressão — Um Atlas da Doença, que chega a Portugal 15 anos depois de ter sido publicado pela primeira vez nos Estados Unidos, foi vencedor do National Book Award e finalista do Pulitzer. Está traduzido em 24 línguas, do chinês ao turco.

 

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Artigo de Andreia Sanches no Público sobre O Demónio da Depressão, de Andrew Solomon.

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