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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

«Foi o poeta Herberto Helder que deu o último empurrão ao editor ao dizer-lhe: "Publica". Aconselhou a ignorar o prefácio onde justificava a escolha dos poemas, porque a poesia "não se explica, lê-se". Por isso, Manuel Alberto Valente escolheu os que gosta e que considerava dever publicar em Poesia Reunida.

"A existência deste livro é uma tentativa de não perder mais coisas e de reunir de um modo muito podado o que escrevi ao longo dos últimos 50 anos", diz. Explica que "não é muito extenso nem vai revolucionar a poesia portuguesa, mas houve um grupo muito grande de amigos que insistentemente pediram que esta poesia fosse recuperada". Os poemas, segundo o autor, "remetem para grandes vozes da tradição portuguesa porque a minha poesia inscreve-se nessa grande tradição lírica portuguesa, que começa em Camões, passa no século XIX por Cesário Verde, e continua no século XX por nomes que trabalharam esse aspeto lírico, como Jorge de Sena, Mário de Sá-Carneiro, Eugénio de Andrade ou Sophia de Mello Breyner. É por aí que passa, mais do que por Fernando Pessoa."»

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Manuel Alberto Valente em entrevista ao DN.

 

«Este romance parece ter nascido de um impulso. Foi assim?


Sim, um pouco por uma urgência que veio de uma observação política. Acabei reconhecendo em pessoas que abomino, em discursos que odeio, coisas com as quais concordo. Acontece ouvir alguém, estar de acordo e acompanhar o discurso, acreditando que é bom, e de repente dar-me conta de que quem falava era um representante da extrema-direita, por exemplo. Essa mobilidade dos discursos, o terem saído do lugar de conforto no qual eu podia reconhecê-los, inquieta-me. O livro vem do desconforto de não saber como me posicionar politicamente nesse mundo actual.»

 

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Entrevista do escritor brasileiro Bernardo Carvalho ao Ípsilon, a propósito da publicação em Portugal de Reprodução.

No âmbito das comemorações dos 25 anos da APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima - realiza-se no próximo dia 6 de outubro, às 18h30, uma tertúlia sobre o livro de Laborinho Lúcio, O Chamador, «onde as personagens – esquecidas e marginalizadas - caminham ao encontro de uma possibilidade de verdade.» A sessão decorrerá no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II.

 

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oradores Álvaro Laborinho Lúcio, Maria João Luís 
moderação Paula Moura Pinheiro
organização APAV em parceria com o TNDM II 
 

«Ana de Amsterdam (o título vem de uma canção de Chico Buarque) é sem dúvida um dos melhores blogues portugueses. Um diário íntimo honesto, ousado, impiedoso, excepcionalmente bem escrito. E que dialoga com aquela figura, em geral pouco estimada, da mulher que assume as suas frustrações, na linha de Irene Lisboa, Maria Judite Carvalho ou Maria Ondina Braga. […] Quase uma década de textos muitíssimo literários na maturidade narrativa e na eloquência descritiva, mas totalmente hostis à literatura enquanto modalidade de bons sentimentos. Porque esta Ana, como a da canção, é a Ana dos braços, das bocas, do lixo, dos bichos, do cabo, do raso, do rabo, dos ratos.»

 

Pedro Mexia, Expresso

 

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Depois de Da Europa de Schuman à Não Europa de Merkel, Eduardo Paz Ferreira regressa com um conjunto de crónicas fundamentais para percebermos as transformações de Portugal durante os «anos de chumbo» da crise e da austeridade.

 

«Nunca desistente, Paz Ferreira propõe soluções ou, pelo menos, discussões sobre soluções.»

Francisco Louçã, Público

 

Em Encostados à Parede – Crónicas de novos anos de chumbo, o seu novo título, Eduardo Paz Ferreira retoma a observação e o pensamento sobre a vida que vivemos em Portugal e na Europa, neste período que designa por «anos de chumbo». O autor segue as políticas económicas e sociais dos últimos dois anos, bem como o impasse de uma União Europeia que descreve como conformista e incapaz de construir um projeto mobilizador de futuro. Nesse horizonte, o pensamento e actuação de um novo protagonista da ação católica, o Papa Francisco, são analisados na sua novidade, na sua capacidade para construir pontes e retomar a esperança e entusiasmo do Concílio Vaticano II.

Partindo da explicitação da sua visão do mundo, Paz Ferreira evoca ainda, em jeito de homenagem, alguns vultos da sociedade portuguesa que marcaram a sua vida e a da sua geração, que ele considera uma geração de corte e de esperança.

O rigor da análise académica conjuga-se com o entusiasmo da paixão cívica, com o sentido do justo e com o dever de homenagem. Para ler com atenção, com sobressalto, mas também com um sorriso.

 

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