Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

«Ali Smith tem na linguagem um dos principais protagonistas deste livro – explora-lhes sentidos, estica a corda das hipóteses ou truques experimentais até parecer que ela vai rebentar. É aí que Brooke se revela fundamental num romance que mostra uma vez mais a incapacidade de Smith para se acomodar. Brooke é exímia nos trocadilhos, na paranomásia, na vontade desconstruir e baralhar para dar quase sempre diferente, intercalando humor e inteligência, cultura pop (sobretudo na música e no cinema) e as mais exigentes referências literárias. A charada é difícil, mas o prazer de jogar existe mesmo sabendo que a derrota é provável.»

 

Isabel Lucas, Ípsilon

 

A Câmara da Póvoa de Varzim, localidade onde se realiza a 15ª edição do festival literário Correntes d’Escritas, divulgou hoje os 15 finalistas do prémio Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros.

 

Entre os candidatos estão Manuel Jorge Marmelo, com Uma Mentira Mil Vezes Repetida, publicado pela Quetzal em 2011, e José Eduardo Agualusa, com A Vida no Céu, livro que marcou a sua estreia na Quetzal, em 2013.

 

O júri, constituído por Isabel Pires de Lima, Carlos Quiroga, Patrícia Reis, Pedro Teixeira Neves e Sara Figueiredo Costa, selecionou os quinze finalistas de um total de 180 obras a concurso.

 

O anúncio do vencedor será feito a 20 de fevereiro e o prémio será entregue na sessão de encerramento, a 22 de fevereiro.

 

 

«Um escritor que sabe o que está a fazer, não está a fazer grande coisa.»

Nelson Algren

 

 

Richard Flanagan no prefácio a A Walk on the Wild Side, de Nelson Algren, que chega às livrarias em fevereiro:

 

«O Sonho Americano era um sonho de materialismo, a sua esperança era a de que mesmo que ontem tivéssemos perdido tudo, hoje poderíamos recuperar a nossa fortuna. O sonho de Algren era um sonho de humanidade: de como se pode viver uma vida plena mesmo quando se perdeu tudo e não se pode recuperar nada: através do humor, através das pequenas conquistas, através do amor dos outros.»

 

«Os Estados Unidos da infância de Algren eram um símbolo de um ideal que ainda parecia revolucionário e democrático. Para Whitman, uma influência fundamental em Algren, a democracia americana era um acontecimento novo; para Algren, era apenas mais uma causa perdida numa vida dedicada a causas perdidas, a maior das quais era a escrita, que exigia que empenhasses a tua alma até não restar nada mais que a perspetiva da morte.»

Excerto da entrevista, publicada a semana passada no Expresso, que Pedro Mexia fez a James Wood, crítico literário de quem a Quetzal já publicou A Mecânica da Ficção e A Herança Perdida.

 

«É atualmente o crítico literário mais conhecido da sua geração. Acha que isso tem a ver com o facto de não escrever apenas recensões mas ensaios com um certo cunho pessoal? É por isso que chega até aos leitores que normalmente não leem crítica literária?

 

Espero que isso seja verdade. Quando eu era adolescente, lia crítica literária por prazer, o que faz de mim um indivíduo muito estranho. Sentava-me na cama à noite e lia ensaios. Em Inglaterra há uma longa tradição de crítica literária de poetas e romancistas que remonta ao século XVIII. Gostava especialmente de Thomas de Quincey, que escreveu sobre o vício do ópio e os poetas românticos. E gostava muitos dos ensaios de Virginia Woolf, de onde retirei a ideia de que a maneira certa de escrever sobre livros é escrever através deles. Tenta-se nadar na mesma água onde o livro nada. E às vezes isso significa quase adotar alguma da sua linguagem, algum do seu poder metafórico. Estar numa espécie de proximidade ou – por mais tolo que isso pareça – numa competição com o livro que se está a criticar.»

 

 

 

Excerto de entrevista de Rentes de Carvalho ao DN, em artigo sobre as novidades editoriais para 2014, entre as quais se destaca A Flor e a Foice, a publicar pela Quetzal em março.

 

«Diz-se que o seu próximo livro vai incomodar muita gente. Confirma?

 

Muita gente, não direi, possivelmente alguma. Aqueles que conhecem, mas ocultam, a versão menos folclórica do 25 de Abril, e os que do folclore retiraram grande honra e proveito. A esses de certeza não agradará. Vai afligir também alguns dos que sinceramente acreditaram na mudança, e descobrem agora terem sido manipulados. Perder sonhos e ilusões é sempre doloroso.

 

Quarenta anos após o 25 de Abri, que história desse período ainda está por esclarecer?

 

Os historiadores vão ter pela frente muito e curioso trabalho, mas as fontes mais interessantes não as encontrarão nos arquivos do governo nem da diplomacia, nacionais ou outros, sim no que puderem desenterrar da atuação das empresas e dos bancos a partir de 1962. Possivelmente trarão também à tona os nomes de pessoas que até hoje nunca vi mencionadas, malgrado o papel que discreta e eficientemente desempenharam.»

 

 

«Depois da estreia literária com “Guia para 50 Personagens da Ficção Portuguesas”, Bruno Vieira Amaral serve-nos agora um romance composto de pequenos contos, habitado pela melancolia e pela violência mas onde espreita, por detrás de um mundo de fatalidades, uma réstia de humanidade. «Viver é falhar», lê-se a certa altura. Bruno Vieira Amaral, para nossa sorte, acertou em cheio.»

 

 

«Já vos aconteceu chegarem ao final de um filme ou de um livro e ficarem como que aturdidos, aprisionados numa sensação de queda no vazio que vos faz questionar se terão chegado lá, àquele lugar que o criador imaginou e escondeu nas entrelinhas? Pois bem, “Amuleto”, de Roberto Bolaño – edição Quetzal, série américas – é um desses livros abençoados pelo mistério da criação.»

 

 

«“Alfabetos” é uma viagem ao coração da literatura, à descoberta dos seus livros, autores e da forma como, ao darmos com eles, transformamos qualquer coisa em nós próprios; um rastilho aceso pelo poder das páginas escritas, quer estas nos firam ou nos salvem, com o seu epicentro localizado no Velho Continente, que Magris revela conhecer como um pioneiro.»

 

 

«Todas as histórias de amor são potenciais histórias de dor, lê-se a certa altura. Porém, sem ele, provavelmente não passaríamos de seres vazios, condenados a passar pelo mundo sem nunca ascender ao céu num balão feito de sonhos.»

 

Ler aqui.

 

 

«E se juntarmos duas coisas que antes nunca estiveram juntas? Cada um dos três ensaios que compõem o mais recente livro do inglês Julian Barnes (Leicester, 1946) arranca com esta premissa. Cruzando memória, história, biografia e uma meditação sobre a perda, o luto, a solidão e a relação com os outros quando é brutal e necessário erguer um novo paradigma pessoal, o escritor volta a desafiar as fronteiras que separam géneros literários para exorcizar a própria dor. No caso, a que se seguiu à morte da sua mulher, a agente literária Pat Kavanagh, com quem Barnes viveu durante 30 anos e que morreu vítima de cancro em 2008. “Choro-a descomplicada e absolutamente”, escreve no terceiro ensaio, A Perda de Profundidade, construído num tom autobiográfico em que a contenção e o não-dito assumem um lugar tão ou mais preponderante do que as revelações.» (4 Estrelas).

 

Isabel Lucas, Ípsilon

 

 

Pág. 2/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D