Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

«Mentiras & Diamantes tem os ingredientes do thriller, com o escritor a manusear com mestria as técnicas do suspense numa teia cuidadosamente tecida e à prova do leitor mais treinado em encontra pontas soltas. Mas seria limitador reduzi-lo a um género. É uma interrogação sobre um tempo da história recente de Portugal ainda camuflado no silêncio, com uma crítica dura aos protagonistas da cena política nacional. E isto já não é novo em Rentes de Carvalho. É conhecido o desprezo do escritor pelos políticos e pelo rumo de um país que não conseguiu suportar pela claustrofobia dos costumes e do qual fugiu. É também conhecida a sua atracção pela possibilidade literária desse Portugal que, apesar de apontar o dedo ao ditador, nunca terá sido capaz de resolver uma mesquinhez e um provincianismo enraizados.»

 

Isabel Lucas, Público

 

«Conhecemos esta mundividência dos seus livros inclassificáveis e esplêndidos, aos quais A Pedra Ainda Espera Dar Flor acrescenta centena e meia de artigos, prefácios, resenhas e divagações. O inexcedível Vasco Rosa, que tinha reunido em dois volumes boa parte destes dispersos, oferece-nos agora uma edição aumentada e num único tomo, resgatando de jornais antigos mais umas quantas dezenas de textos. Estes dispersos são como que esboços das obras canónicas de Brandão, contos lúgubres, histórias de pescadores, monólogos, prosas poéticas, páginas memorialísticas. Os textos mais notáveis são os jornalísticos, etnográficos e impressionistas, nomeadamente as entrevistas ou reportagens com gente que trabalha e sofre.»

 

Pedro Mexia, Expresso´

 

«Numa altura em que o Capitalismo volta a estar em xeque, aquele que chegou a ser apontado como um dos rostos do Socialismo, o Grande Líder que esteve na base de uma nova China, chega agora a Portugal na forma de uma biografia intitulada “Mao, a História Desconhecida”, da autoria da chinesa Jung Chang e do seu marido, o historiador britânico Jon Halliday. Um livro que, recorrendo a testemunhos e a mais de 10 anos de investigações, revela um Mao que a propaganda chinesa se esforçou por esconder, já que, mais do que defensor do Socialismo e do bem-estar do povo, era no Poder que estava interessado. Não se importando sequer de deixar pelo caminho os corpos de mais de 70 milhões de chineses.»

Ler no Diário Digital

 

«A Balada de Johnny Sosa é um desses exemplos pequenos da arte de bem soltar um manguito literário contra ditaduras e ditames e dar ao fraco e oprimido o seu saboroso momento de vingança. Um gesto ínfimo de consolo enorme, nomeadamente nestes tempos de tristeza civilizacional que prolongam o descontentamento muito para lá de qualquer Inverno.»

 

António Rodrigues, Ípsilon

 

Hoje, no Ípsilon, destaque para a entrevista ao escritor uruguaio Mario Delgado Aparaín, autor de A Balada de Johnny Sosa, romance reeditado recentemente pela Quetzal.

 

«Em entrevista ao diário argentino Página/12 afirmou: “Sou de uma geração que perdeu o sorriso” e, no entanto, o humor é parte importante da sua obra.

 

A Balada de Johnny Sosa foi, entre outras coisas, uma reacção sã e natural – e até, diria, um tanto ingénua – à explosão da literatura panfletária dos anos 70. Uma literatura carregada de dramatismo, de personagens torturadas e de niilismos vários que atentavam contra a esperança e que afectou sectores importantes da literatura latino-americana. Alfredo Zitarrosa, maravilhoso cantor, poeta e narrador da minha terra, disse-me um dia que tinha gostado muito de A Balada de Johnny Sosa porque tinha a virtude de “destragediar” a vida – ele tinha inventado o verbo destragediar. Segundo ele, a única forma de retirar o potencial degradante que a tragédia costuma dispersar sobre os seres humanos é nunca perder o sentido de humor. Uma parte importante da minha geração pode ter perdido, por imperativo da dor, a capacidade de sorrir. Mas eu não.»

 

 Fotografia de Daniel Mordzinski

 

«A obra de J. Rentes de Carvalho (n. 1930) tem estado a ser reeditada pela Quetzal, que acaba de publicar um seu romance inédito -  “Mentiras & Diamantes”. Trata-se de um thriller bem esgalhado, cruzando reminiscências do processo revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril de 1974 com redes de crime organizado. Rentes de Carvalho pertence a uma geração em que os escritores dominam bem o vocabulário, por oposição à “dieta Twitter” que vai moldando vária prosa publicada. O desembaraço não dispensa o uso de vernáculo, sempre adequado às circunstâncias, pontuando a narrativa de observações pícaras: “Grande cu! Alcatra de primeira!”»

 

Eduardo Pitta, Sábado

 

«Rentes de Carvalho escreve com a elegância e a destreza “de quem maneja o florete”. O leitor vai sabendo das aventuras (as do presente e as do passado) pela voz de um narrador que parece divertir-se na maneira elíptica e muito hábil de contar a história, que tanto pode alternar entre uma aldeia algarvia onde uns estrangeiros organizaram “umas orgiazitas ao ar livre, outras na capela da casa”, para logo a seguir um corpo ser entregue no deserto da Mauritânia. Pelo meio vão surgindo diamantes traficados nos saltos de Blahniks, um nigeriano em Albufeira, uma conta de dinheiro sujo em chipre, um receptador em Amesterdão que fala quimbundo, português, inglês e russo, e que vive com uma antiga bailarina do Kirov…enfim, toda uma fauna que faz de Mentiras & Diamantes um dos mais interessantes livros de Rentes de Carvalho.»

 

José Riço Direitinho, Revista Ler

 

Pág. 1/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D