Maria do Rosário Pedreira em entrevista ao Diário Digital:
Ao olhar para o conjunto da sua obra, o que mais se destaca na sua opinião? Como vê esse passado?
A primeira coisa que me ocorre dizer é que, em relação à maioria dos poetas que começaram na mesma altura, fui muito menos produtiva, o que não significa que tenha sido mais contida. Nunca escondi que escrevo essencialmente para me libertar da dor, de uma forma, por assim dizer, terapêutica; e, nesse sentido, se tivesse produzido muito mais, também seria um péssimo sinal (risos). Mas o termo «passado» é curioso, porque não sinto que se aplique: mesmo que o meu primeiro livro seja de 1996, a verdade é que para mim é quase tão presente como o último, talvez porque cada um seja uma história independente – ou assim tentei na organização que fiz na altura –, uma espécie de mini-ficção. No todo, o que mais se destacará, julgo eu, é o romantismo um pouco contra a corrente, assumo. O que, no olhar para trás, teve mais graça foi descobrir alguns poemas de que me tinha quase esquecido.
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