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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

"Somos Todos um Bocado Ciganos, romance que se segue ao também inovador - aí, sobretudo, pela imaginação delirante e irónica - Uma Mentira Mil Vezes Repetida, é a prova, se ainda havia dúvidas, de que Manuel Jorge Marmelo não é apenas um escritor com muita obra, mas alguém com muitos recursos narrativos. Aqui não lhe foi decerto alheia a experiência jornalística para reconstituir a vida de um circo decrépito que anda por vilórias e pequenas cidades na década de 80."

 

Isabel Lucas, Público

 

Mais uma recensão ao livro A Arte da Viagem, de Paul Theroux:

 

"Paul Theroux viaja há 50 anos. Para assinalar a data, reuniu em A Arte da Viagem uma série de textos, referências, reflexões, citações, conselhos de viagem, pequenas histórias, excertos de obras de outros autores, bibliografia de viagem, etc. Um livro que se abre ao acaso, se lê à medida, e do qual decerto não se poderá dizer o que Mark Twain disse de outros: "Quando penso como fui enganado pelos livros de viagens (...), só me apetece comer um turista ao pequeno-almoço." Algo aparentado, aliás, ao que escreveu Theroux em The Happy Isles of Oceania: "É quase axiomático que logo que um lugar ganha a reputação de ser um paraíso se torna um inferno.""

 

Ana Cristina Leonardo, Expresso

 

"Durante meio século, Paul Theroux tem viajado pelo mundo. Na sua mala de viagem tem hoje olhares diversos e muitas leituras que lhe permitem falar sobre muitos temas que têm a ver com este mundo de descobertas. Ele também sentiu que durante todo este tempo o universo das viagens alterou-se, como explica: "No decurso da minha vida errante, a viagem mudou, não só em termos de velocidade e eficiência, mas por causa das circunstâncias alteradas do mundo - muito disso relacionado e conhecido. Esta presunção de omnisciência inspirada na Internet produziu a arrogante ilusão de que o esforço da viagem é supérfluo." É por isso mesmo que este livro é uma espécie de manual sobre o antes e o depois, sobre um tempo que desapareceu e um outro que estamos a viver. Este não é, claro, um livro para turistas típicos, entre um cruzeiro e uma estadia numa "resort". É para quem gosta de conhecer o mundo."

 

Fernando Sobral, Jornal de Negócios 

 

Foto: William Furniss

"Recorrendo à sua experiência e aos testemunhos e reflexões de outros viajantes-escritores - de Richard Burton a Bruce Chatwin, de Marco Polo a Paul Bowles -, Theroux cose uma manta de retalhos onde se cruzam conselhos práticos, aforismos certeiros, inconfidências sobre viajantes-escritores (poucos viajam sós, mas os seus companheiros e guias são quase sempre suprimidos dos relatos), curiosidades gastronómicas e considerações filosóficas. Theroux não só tem invejável quilometragem nos pés como parece ter lido tudo o que de relevante se escreveu sobre viagem (só se estranha a ausência de Kapuscinski) e consegue destilar esse conhecimento num livro denso de sabedoria mas de leitura fluida."

 

José Carlos Fernandes, Time Out

 

“Entre os melhores títulos de Martin Amis, A Informação é uma enérgica e eloquente sátira ao mundo literário, às suas misérias, que grandezas por aqui não há. Amis é, ele próprio, enérgico. A sua admiração por Bellow, “uma força da natureza”, compreende-se e nota-se. Nota-se logo no arranque: digressões, derivações, reflexões, desprezo pela psicologia a favor do real stuff, tudo combinado com preocupações metafísicas e total falta de complacência.”

 

Ana Cristina Leonardo, Expresso

“Martin Amis e Julian Barnes eram amigos muito próximos. A mulher de Barnes era a agente de Amis. Formavam uma “família” feliz de escritores talentosos, no aconchegado meio literário inglês. Mas Amis divorciou-se, trocou a sua amiga e mentora pelo poderoso americano Andrew Wylie, o Chacal, recebeu uma quantia obscenamente alta pelos direitos de A Informação, arranjou os dentes e adquiriu um estatuto semelhante ao de uma rock star. A comoção, as críticas e a indignação subiram de tom. Barnes deixou de lhe falar durante anos. Tudo por causa deste livro publicado em 1995.”

 

Helena Vasconcelos, Público

 

“Em O Rebate, retrato realista de ancestrais comunidades transmontanas, pequena obra-prima da novela portuguesa, alto cume do estilo singular de J. Rentes de Carvalho, cultiva-se uma constelação de valores que possui o seu apogeu ideológico nos romances atuais de autores nortenhos […]: um vitalismo instintivo (Zé Grande, sempre bêbado, dormindo num palheiro, com o cão Fadista), defensor da salvaguarda do pecúlio familiar na quezília das partilhas e da vingança dos desenganos (Marques enche a mulher de “porrada”; Abel Valadares cobiça Mariana, o regedor emprenha a Amélia dos correios), uma psicologia de bicho da terra (o taberneiro Marques); um paganismo panteísta (a festa ou feira de São Lourenço, por que todos esperam), que identifica a natureza com uma lágrima de Deus (Teixeira de Pascoaes), transfigurada numa paisagem humana e triste (a aldeia no seu todo), atestada de obstáculos (pobreza, ausência de canos de esgoto, de eletricidade, de escola, de higiene pública), que são simultaneamente provas à fé e à ação dos homens, um espírito moldado carne em alegria herética (Marques desejando a filha da Barbeita; Louise mostrando as coxas à criançada; Louise na taberna como rainha da festa, acariciada por inúmeros clientes), que convida à exuberância, às ações extremadas, próprias dos heróis ou dos loucos, criticados pela sensatez burguesa (o arcipreste, a Guarda Nacional Republicana), que reduz o desejo ao interesse familiar, e pelo ceticismo pessoal, que, no entanto, não quebra a força dos braços, sempre dispostos a lutar contra a má sorte ou a resistência numa teimosia de lavrador habituado a domar terra, flora e fauna (o padre Carlos).”

 

Miguel Real sobre O Rebate, no Jornal de Letras

 

 

 

 

“Aquilo que é impressionante, num livro que já foi selecionado como um dos 100 melhores romances em língua inglesa do século XX (pela Modern Library), é a forma como esta personagem continua a sentir – e a procurar – conquistas maiores do que viver na dependência dos outros e cuidar de plantações de cana-de-açúcar. […] Durante 760 páginas acompanhamos Mr. Biswas na procura dessa casa e da sua dignidade. E durante 760 páginas encontramos um romance que tem tudo menos tijolos ocos e que se ergue com os alicerces de uma grande obra.”

 

Ana Dias Ferreira, Time Out

 

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