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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

David Foster Wallace é considerado um dos maiores escritores norte-americanos da sua geração. Professor universitário, autor de romances, contos e ensaios, destacou-se pelo estilo inovador que mereceu elogios extasiados da crítica e dos seus pares. A escritora Zadie Smith disse que Foster Wallace “é tão moderno que parece habitar um contínuo tempo-espaço diferente do nosso” e para o Sunday Telegraph “ainda não inventaram uma palavra para aquilo que ele faz”. O primeiro romance, The Broom of the System, surgiu em 1987, mas foi com a publicação do colossal Infinite Jest, em 1996, que inscreveu definitivamente o seu nome na história da literatura norte-americana. Em 2005, a revista Time incluiu-o na lista dos 100 melhores romances de língua inglesa desde 1923. Foster Wallace suicidou-se em 2008, depois de uma vida inteira a lutar contra a depressão. Em 2011 foi publicado postumamente o romance inacabado The Pale King.

 

Até agora inédito em Portugal, David Foster Wallace não é um desconhecido dos leitores portugueses e da imprensa especializada. Em 2010, Rui Catalão, do jornal Público afirmava e lançava um desafio: “Não está traduzido em português. Este artigo é uma ternurenta forma de pressão (de que estão à espera, miseráveis?)”. No mesmo jornal, meses mais tarde, o crítico Rogério Casanova, provavelmente o maior especialista português da obra de Foster Wallace, escreveu que Infinite Jest foi “um dos romances-evento da década, e um marco literário sobre o qual é possível recorrer com alguma confiança ao velho chavão sobre a ficção americana nunca mais ter voltado a ser a mesma: a fasquia para os sucessores fora elevada à altura de um arranha-céus.”

 

Respondendo ao apelo dos críticos e ao desejo de muitos leitores, a Quetzal dará início, em novembro de 2012, à publicação das obras de David Foster Wallace, começando por Infinite Jest, um monumento da literatura contemporânea, com tradução de Salvato Telles de Menezes e Vasco Telles de Menezes.

 

 

“Um visionário, um artesão, um cómico e tão sério quanto se pode ser sem escrever um texto religioso. É tão moderno que parece habitar um contínuo tempo-espaço diferente do nosso. Maldito seja.”

Zadie Smith

 

“Wallace canta-nos uma canção num tom que nunca ouvimos.”

Robert McCrum, Observer

 

“Ainda não inventaram uma palavra para aquilo que ele faz”

Sunday Telegraph

Quando se fala tanto no espaço cada vez mais reduzido que a imprensa tradicional dedica aos livros, convém estar atento aos bloggers que investem tempo para dar a conhecer as suas leituras e para cativar novos leitores. Um bom exemplo é este As Leituras do Corvo. Aqui fica um excerto da recensão ao novo romance de Manuel Jorge Marmelo:

 

"Também a escrita reflecte na perfeição os dilemas e o crescimento do protagonista. Fluída e envolvente, representa com mestria um ritmo de pensamento que parece adequar-se, em todos os aspectos, quer à idade quer ao percurso de descoberta do narrador que conta a sua história. Além disso, a aprendizagem que caracteriza o seu caminho - e, no fundo, grande parte desta história - evolui tanto com as questões que ficam resolvidas em definitivo como com as respostas que nunca chegam a surgir. Como na vida, nem tudo tem uma solução global e ficam sempre coisas por esclarecer, mas todos os pontos essenciais são explorados e as grandes questões da vida estão todas elas presentes ao longo da história. Questões como o preconceito e como lidar com ele, o amor e o sacrifício pela pessoa amada, o impulso e as consequências de fazer justiça pelas próprias mãos... Tudo isto é abordado neste livro e fazê-lo através da visão bastante directa do jovem narrador permite deixar uma impressão particularmente nítida do papel destes assuntos na história.

"Ralf Dahrendorf (1929-2009) teve uma preenchida e prestigiada vida política e académica. O livro que agora nos chega às mãos foi escrito logo no início da sua carreira académica, quando Dahrendorf tinha apenas 28 anos. Perdurou porque aborda o problema fundamental da Sociologia. Toca naquele ponto de equilíbrio de que depende a própria justificação da Sociologia enquanto ciência social. Não é coisa de pouca monta. Que ponto é esse? É o ponto em que o «indivíduo» intersecta a «sociedade»."

 

Miguel Morgado, Sábado

 

"A obra-prima do cubano Cabrera Infante (1929-2005), Três Tristes Tigres (publicada em 1968, e escrita já no exílio londrino do escritor), foi agora por cá reeditada com nova tradução. O romance é um corpus que se vai organizando a partir do caos literário, composto por pequenos livros num patchwork narrativo, uma colecção de mosaicos que vão completando o grande painel, naqueles tons que dominam toda a obra do autor cubano: a oralidade, a paródia, a citação e o pastiche; sem faltarem, claro, as obsessões e paixões de sempre: o sexo e o amor, o cinema e a música, tudo isto numa Havana de sonhos agitados, de esplendores nocturnos que emergem, noite após noite, dos intensos e eternos boleros cubanos. É o retrato de uma Havana quase toda centrada no bairro boémio de La Rampa, em 1958, antes da queda do ditador Batista, esta que as várias personagens - todas elas, de alguma forma, ligadas à música, à dança, ao canto, ao cinema ou à literatura - percorrem. As várias tramas, amorosas e outras, que se vão desenvolvendo - quase em jeito de “educação sentimental” à maneira dos trópicos, a que não faltam as suas “noites de putaria” - parecem, por vezes, funcionar para Cabrera Infante como uma espécie de motivo para recriar uma Havana perdida algures no tempo, numa cuidada reflexão lúdica sobre a memória de uma cidade que já não existe, ou talvez como um exercício que tenta demonstrar, “por absurdo”, como a geografia e a cartografia urbanas condicionam, ou podem alterar para sempre, de um momento para outro, toda uma vida, toda uma cidade. A nostalgia (mas de onde a ironia e o sarcasmo não estão ausentes) é o tom que domina todo o romance."

 

José Riço Direitinho, Público

 

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