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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

 

«Aos oito anos tive uma tartaruga chamada Platão que ia comigo para todo o lado, nas férias que fiz com o meu tio Leopoldo, no Estoril, antes de descermos até Montemor para ir ver as touradas que ele adorava e, por isso, passou quinze dias maravilhosos aqui na casa de banho de um quarto do Hotel Palácio, dentro do bidé cheio de água.»

As senhoras da limpeza entravam e perguntavam: «Então como vai o Platão hoje, menino João?»

 

De Para Interromper o Amor, de Mónica Marques, apresentado hoje, Bertrand do Chiado por Pedro Mexia, às 18h30.

 

Na fotografia, Platão, a tartaruga-tigre-de-água com mais milhas acumuladas e assídua frequentadora de quartos de hotel.

«Estou a lembrar-me disto e voltam os vómitos e dói-me o estomâgo. Deve ser isto que os críticos chamam escrita visceral, roupa suja, remorsos, perdões mal perdoados, carros mal estacionados diante de restaurantes caros, memórias que não deviam voltar, vergonhas confessadas de passagem, lembranças que regressam acompanhadas de mesquinhez e dor física. Eu estava imune à dor física. Só podia estar imune à dor física para aguentar o impacto daquele reencontro. Mas a verdade é que se eu entendesse alguma coisa do que o que os críticos dizem nunca teria escrito um livro.»

 

De Para Interromper o Amor, de Mónica Marques, apresentado hoje na Bertrand do Chiado, às 18h30, por Pedro Mexia.

 

Uma mulher, outra mulher - e um homem. Duas mulheres que se amam e se emvolvem numa história de sexo, amizade e interditos. E uma delas que recorda, entre Portugal e o Brasil, a história desse romance e o encantamento enamorado entre mulheres que atravessam essa espécie de terra de ninguém, que é «a entrada na idade madura». Uma é filha de um português que procurou exílio no Brasil depois de 1974; a outra, filha de um dirigente comunista - mas a paixão que as une é comovente e devastadora, cheia de segredos, drogas, rock'n'roll, livros, Lisboa e Rio de Janeiro, e de um perfume de beleza que raramente tem lugar na nossa literatura.

Para Interromper o Amor, de Mónica Marques

série língua comum

Livro é hoje apresentado, às 21h00, nas Galveias, terra natal de José Luís Peixoto, no Salão da Sociedade Filarmónica Galveense. Amanhã, o autor estará no Porto, na Livraria Bertrand do Shopping Gran Plaza, em Santa Catarina. E depois, partir de dia 1, por esse país fora. Estejam atentos, vamos dando conta das apresentações aqui no blogue.

 

A fotografia que ilustra este post foi retirada daqui.

 

 

Sexta-feira, depois do lançamento nacional de Livro, de José Luís Peixoto - com leituras, música, produtos regionais, mais de duzentos leitores e amigos  -, às 23h00 foi para o ar o Ensaio Geral número 200 (parabéns à jornalista Maria João Costa, responsável pelo programa que conta com a colaboração presidente do Centro Nacional de Cultura, Guilherme d'Oliveira Martins). A essa hora, ainda José Luís Peixoto assinava livros e falava com leitores na Casa do Alentejo.

 

Sábado, é dia de Expresso e no Atual, Rogério Casanova dá cinco estrelas a Saul Bellow, com As Aventuras de Augie March, tradução de Salvato Telles de Menezes. E explica um bocadinho este livro:«A grande prosa encontra sempre um caminho e Augie March encontra um caminho, chegando até a algumas "conclusões fragmentárias". O que essas conclusões examinam é um certo catecismo nativo: a dúbia correlação entre educação e oportunidade; e as limitações da mais perene e influente mitologia ética americana: a auto-suficiência.» As Aventuras de Augie March está à venda na Pó dos Livros (e não só, claro).

 

Domingo, Isabel Coutinho leu o Livro, com esperança de que se mantivesse muito, muito bom até ao fim. Esperamos que não tenha desiludido. Este é, segundo Miguel Real, o romance com que se inicia a maturidade literária de um grande escritor - ler a crítica completa aqui.

 

Tem medo de morrer durante o sono esmagado pela sua biblioteca? A acumulação de livros coloca a sua família em risco? Este livro é para si. E chega às livrarias no dia 8 de Outubro. Bibliotecas Cheias de Fantasmas, de Jacques Bonnet, traduzido por José Mário Silva, o novo título da série textos breves.

 

É hoje que Livro, o novo romance de José Luís Peixoto chega às livrarias. Há também, a partir de agora, um blogue de José Luís Peixoto, actualizado pelo próprio, com notícias sobre este outros títulos da sua obra - e não só. Mais logo, às 18h30, na Casa do Alentejo, em Lisboa, na Rua das Portas de Santo Antão, número 28, é a sessão de lançamento. O livro será apresentado por Jorge Costa, Margarida Cardeal e Tiago Rodrigues lerão excertos e Opus Diabolicum, quatro violoncelistas e um percussionista, ocupar-se-ão da música.

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