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Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.
Vale a pena dedicar uns minutos a este tributo disponibilizado no Youtube (assinado por Eric Bauner), onde se pode saber o que diziam de Richard Yates Tenesse Williams, Dorohty Parker e Kurt Vonnegut. É considerado o mais acessível e legível dos escritores contemporâneos - nunca será tarde para descobri-lo.
Zé Pedro, Fernando Sobral e Francisco José Viegas, na apresentação de L.Ville, na Ler Devagar da Lx Factory.
Por detrás de um frase seleccionada para a capa há uma explicação. Balas de Prata foi galardoado com o Prémio Tusquets 2008. Trata-se de um prémio atribuído pela Editora Tusquets – que publica no México, Espanha e Argentina – a romances em língua espanhola. O prémio é geralmente anunciado durante a Feira do Livro em Guadalajara e a obra distinguida é publicada simultaneamente nos três países. Segundo o júri, a atribuição justifica-se pela «modernidade enraivecida no uso da linguagem, na estrutura narrativa próxima da mais recentes linguagens televisivas, e no ritmo diabólico que, como nos melhores romances clássicos, não dá tréguas ao leitor até ao desenlace.»
Mais informações aqui.
A livraria Capítulos Soltos abre ao público de Braga, no início de Setembro, mas tem um blogue onde esperamos que dê conta dos preparativos. E ontem nasceu uma nova revista online, a livros e leituras, que promete ser actualizada diariamente por uma equipa empenhada. Que os livros da Quetzal encontrem espaço nestes dois novos lugares.
O hotel, o restaurante, o passeio, o bar, a livraria, a rua de compras, a galeria, o museu e o segredo mais bem guardado da cidade. Para ler aqui, no questionário do i.
Élmer Mendoza lê Balas de Prata.
Amanhã, na Casa da América Latina, no fim da sessão que começa às 18h30, Élmer Veckio Mendoza fará uma leitura do mesmo livro. Estarão disponíveis exemplares do livro para quem os quiser comprar.
Manuel da Rosa não é um herói profissional. É um nómada, que por acaso é polícia, e que vive num mundo de contradições. As noções de bem e mal foram dinamitadas pela evolução recente das nossas sociedades. Já não existe o herói nem o vilão clássicos. Só há alvos em movimento. E por isso já não há happy endings.
Da entrevista publicada hoje no Diário Digital.
Os dois primeiros capítulos de Élmer Mendoza estão disponíveis para download no Livros Sapo.
No próximo dia 22 de Julho, quarta-feira, às 18h30, na quinta edição do programa de entrevistas a Latino-Americanos radicados em Portugal - “Conversas na Casa da América Latina”, com a participação de Jerónimo Pizarro (colombiano) Juan Goldín (argentino), haverá uma perfomance a partir do romance Balas de Prata, de Élmer Mendoza. A direcção artística fica a cargo deÉlmer Veckio Mendoza (a coincidência dos nomes deve-se ao facto de o dramaturgo e encenador ser filho do escritor). Mais informações aqui.
Do texto de José Riço Direitinho publicado no Ípsilon de hoje, sobre As Meninas da Numídia, de Mohamed Leftah, mais uma vez merecedor de cinco estrelas em cinco. Este verão, passe uma noite num bordel de Casablanca.
Abandonado pela mulher que amava, abatido, e a precisar de um psicoanalista, o agente Edgar, o Canhoto, Mendieta acumula trabalho, enquanto se encarrega da investigação do assassínio de Bruno Canizales. A este, um advogado de prestígio, com uma vida dupla, e filho do antigo ministro da Agricultura, encontraram-no com o crânio perfurado por uma bala de prata.
O telemóvel do Canhoto não pára de tocar com as chamadas do seu superior, que lhe vai anunciando a descoberta de novos cadáveres num curtíssimo espaço de tempo.
Quem estará por detrás de tudo isto?
Os narcotraficantes? Os políticos alvoroçados com a proximidade das eleições? Os membros da duvidosa Pequena Fraternidade Universal à qual Canizales pertencia? A investigação que, cheia de humor e adrenalina percorre antros e mansões, e envolve jornalistas e belíssimas lésbicas, revelará um intrincado novelo de interesses preversos, no qual o único realmente empenhado em ir até ao fim e, para variar, em fazer justiça é o Canhoto Mendieta — talvez porque já não tenha nada a perder.
Balas de Prata, de Élmer Mendoza | série américas
Tradução de Salvato Telles de Menezes.
Cold Spring Harbor é um subúrbio tradicional de Nova Iorque, o pano de fundo de um retrato da América dos anos quarentas, na ressaca de uma guerra e sob a ameaça de outra. Charles Shepard é um militar na reforma, que vive resignadamente a frustração de nunca ter combatido; Gloria Drake é uma mulher abandonada à solidão e à proximidade da loucura, fumando e falando sem cessar; Evan Shepard é um jovem à deriva, que procura uma formação superior, mas a quem os casamentos, que faz e desfaz distraidamente, travam o passo; Rachel Drake entrega-se a um marido imperfeito e ausente, tentando cumprir o papel da «esposa perfeita». Nesta América deprimida e imóvel, cada um desempenha o papel que lhe cabe desempenhar. Porém, no coração de alguns brilha o desejo e germina a semente de um futuro maior.
Perto da Felicidade - Cold Spring Harbor, Richard Yates | serpente emplumada
Tradução de Nuno Guerreiro Josué.
«Ao longe, Kathleen podia parecer frágil e desorganizada, mas de perto, nos seus braços, havia nela uma força tranquilizadora sugerida por um jovem coração saudável. E as raparigas aos sete anos pareciam gostar dos pais com um entusiasmo sem reservas.»
Glossário para ler Perto da Felicidade, de Richard Yates.
«Em certos momentos, se a luz e o álcool estivessem a seu favor, Grace podia ainda ser a rapariga mais bela do baile do clube de oficiais. Charles aprendera a aguardar por esses momentos com a paciência de um amante e apreciá-los quando eles chegavam, mas tinham-se tornado cada vez mais raros. A maior parte das vezes – esta tarde, por exemplo – ele descobrira que preferia não olhar para ela porque ela estaria apenas estragada: pesada, insatisfeita, num aparente luto silencioso pela perda de si própria.»
Glossário para ler Perto da Felicidade, de Richard Yates.
«Parecia que a tarde tinha sido dada à voz de Gloria Drake: as suas frases longas e intermináveis, os seus repentes e as hesitações, a rouquidão, o riso pesado de tabaco e a histeria incipiente. Ela estava pronta para dar o coração a perfeitos estranhos vindos da rua.»
Glossário para ler Perto da Felicidade, de Richard Yates.
Na enorme sala, dominada por uma antiga rotativa e uma escultura de Joana Vasconcelos, a atmosfera é de festa. Francisco José Viegas e Zé Pedro, dos Zutos e Pontapés, apresentam L.Ville, o novo romance de Fernando Sobral (editado pela Quetzal), numa sessão com dezenas de pessoas.
Do texto de Rita Freira Nunes, no Jornal de Letras, sobre a Lx Factory.
«Ele descobrira uma poderosa atracção por conduzir muito e depressa (…) e rapidamente ganhou intimidade com as peças mecânicas de qualquer carro em que pussesse as mãos. Por dias inteiros, de uma assentada, meticulosamente, desmontando e montando um carro na poeira da entrada da garagem na casa dos pais, Evan ficava perdido para o mundo.»
Glossário para ler Perto da Felicidade, de Richard Yates.
«Era bem conhecida como região de riquezas ancestrais – grandes ou modestas fortunas familiares poupadas durante gerações – e as pessoas de lá não podiam ter pedido um representante melhor do que Charles Shepard.»
Glossário para ler Perto da Felicidade, de Richard Yates.
«O angustiante desejo ardente de ter um objectivo na vida – na vida de qualquer um – era algo que Charles Shepard conhecia de longa e desvalida experiência própria. Era um oficial do exército na reserva, com poéticos hábitos de pensamento que ele sempre tentara suprimir, e frequentemente parecia que a sua própria capacidade para o zelo tinha desaparecido com o Armistício de 1918.»
Glossário para ler Perto da Felicidade, de Richard Yates.
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