«Jô bem ou mal melhorava do pescoço para baixo. Os pequenos seios empinados pareciam dois balões de gás presos pela blusa de malha preta. A barriga se entortava para trás, cheia de curvas. O traseiro monstruoso surgia ao lado dos quadris, como uma construção ilegal por trás de uma fachada. As pernas eram grossas, mas bonitas. Eu terminei de olhar a Jô e vi que a Jô me olhava de volta. Abaixei os olhos e estendi o prato na direcção dela, agradecendo. O pedaço de carne de boi chupado jazia murcho e frio na borda do prato, como um cachorro atropelado na beira de uma estrada.»
De Black Music, de Arthur Dapieve. Nas livrarias amanhã.