«Como qualquer criança, não me perdia em análises e nada me espantava: uma menina que se mete num buraco atrás de um coelho de colete e com um relógio, que cresce e diminui a comer e beber substâncias suspeitas, fala com animais, é seguida pelo sorriso de um gato, joga um jogo maluco com flamingos, filosofa incongruentemente com vários seres estranhos, observa uma dança de lagostas, enfrenta uma rainha histérica e um exército de cartas de jogar não me parecia um sonho, mas sim acontecimentos perfeitamente aceitáveis em na realidade, extremamente sedutores.»
Helena Vasconcelos sobre a Alice de Lewis Carroll, num dos textos de
A Infância É Um Território Desconhecido.