«Livro-espelho, reflector das coisas humanamente observáveis, através das perplexidades de um autor cuja escrita saborosa Saramago já recenseara na Seara Nova em 1968, referindo-se a Rentes de Carvalho como alguém que nos dá "o quase esquecido prazer de uma linguagem em que a simplicidade vai de par com a riqueza, (...), que decide sugerir e propor, em vez de explicar e impor." Uma escrita que o próprio, certa vez indagado a propósito, descreveu como franca, "sem lindezas nem arrebiques, e chamando as coisas pelo seu nome." Modéstias sobre uma escrita maior do que isso, cujas qualidades literárias são evidentes nestas crónicas holandesas.»
Sarah Adamopoulos (que nasceu em Roterdão) publicou um longo artigo na Notícias Magazine deste sábado sobre J. Rentes de Carvaho, partindo da leitura de Com os Holandeses.
Em Outubro deste ano chegará às livrarias com a Ernestina, um romance publicado pela primeira vez em 1998, na Holanda. (O autor estreou-se na ficção em 1968, com Montedor, a que que refere José Saramago no texto citado.)