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Quetzal

Na companhia dos livros. O blog da Quetzal Editores.

«Para Paul Bowles, um livro de viagens “é uma história daquilo que aconteceu a uma pessoa num local particular, e nada mais que isso; não contém informação sobre hotéis e auto-estradas, listas de frases úteis, estatísticas ou conselhos sobre o tipo de roupa de que necessitará o possível viajante.” E, vistos no seu conjunto, estes artigos mostram que se manteve fiel ao “tema principal dos melhores livros de viagens”, o do “conflito entre o escritor e o local.”»

 

António Rodrigues, Ípsilon

 

«Há duas palavras que marcam todas as páginas de «O Herói Discreto»: lealdade e ética. Acreditamos que Ismael Carrera e Felícito Yanaqué não são mais do que uma justa homenagem de Llosa aos anónimos de todas as sociedades, personagens/pessoas que, devido às suas convicções, construíram e fizeram crescer sem medo uma aldeia, uma cidade, um país.

 

Ambos assumem o papel de revolucionários silenciosos (não é por acaso que Yanaqué é saudado na rua pelo cidadão comum), seres que não se intimidaram com as ameaças das quais foram alvo, mesmo quando elas surgiram da própria casa. Tanto Ismael Carrera e Felícito Yanaqué são acima de tudo fiéis aos seus ideais, que acabam por ditar os seus passos (e, consequentemente, o de outros…).

 

«O Herói Discreto» mantém portanto o «sangue» de Vargas Llosa, o seu ADN. Os temas de sempre estão todos no livro, como a eterna luta entre os poderosos e os oprimidos, mas também os dilemas da humanidade, inclusive o religioso (o único «nó» que não é totalmente desfeito na história). É no entanto de salientar que o livro não está ao nível das obras emblemáticas do peruano, muito longe disso, mas «O Herói Discreto» não defraudará os seus admiradores. Antes de tudo, é um Vargas Llosa puro.»

 

Pedro Justino Alves, Diário Digital

 

«Uma vez uma jovem jornalista quis saber porque é que eu escrevia. Os jornalistas menos experientes costumam perguntar isto a quem escreve, para ganhar tempo, enquanto pensam no que vão perguntar em seguida. Há quem assuma, com ar trágico, que a literatura é um destino: «Escrevo para não morrer.» Outros fingem desvalorizar o próprio ofício: «Escrevo porque não sei dançar.» Finalmente existem aqueles, raros, que preferem dizer a verdade: «Escrevo para que gostem de mim.» (o português José Riço Direitinho) ou «Escrevo porque não tenho olhos verdes.» (o brasileiro Lúcio Cardoso). Podia ter respondido alguma coisa deste género, mas decidi pensar um pouco, como se a pergunta fosse séria, e para minha própria surpresa encontrei um bom motivo: «Escrevo porque quero saber o fim.» Começo uma história e depois continuo a escrever porque tenho de saber como termina. Foi também por isso que fiz esta viagem. Vim à procura de uma personagem. Quero saber como termina a história dela.»

 

José Eduardo Agualusa, Um Estranho em Goa

 

Nas livrarias a 11 de outubro.

 

O Atual, suplemento cultural do jornal Expresso destaca várias das apostas da Quetzal para a rentrée:

 

«No próximo dia 20, com um desfasamento de apenas oito dias em relação aos países de língua espanhola, chega às livrarias portuguesas “O Herói Discreto” (Quetzal), novo romance do escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prémio Nobel da Literatura em 2010. Na verdade, esta é a primeira tradução mundial do livro – feita pela dupla Cristina Rodriguez e Artur Guerra, vencedores há dois anos do Prémio Casa da América Latina, pela tradução de “2666”, de Roberto Bolaño.»

 

«Bruno Vieira Amaral, autor de "Guia para 50 Personagens da Ficção Portuguesa" (Guerra e Paz, 2013), resolveu passar das figuras criadas por outros para as que saem da sua imaginação e experiência de vida na margem sul do Tejo (entre Alhos Vedros e a Baixa da Banheira, território literariamente virgem), juntando retratos de existências suburbanas, interligadas numa estrutura romanesca original. Alguns dos textos foram publicados no blogue pessoal de BVA e a altíssima qualidade da prosa cria, em torno de “As Primeiras Coisas” (Quetzal), previsto para outubro, a expectativa do surgimento de mais um excelente escritor.»

 

«Há cerca de um ano, a Quetzal publicou pela primeira vez em Portugal um dos mais importantes autores norte-americanos das últimas décadas, David Foster Wallace, de quem pudemos ler “A Piada Infinita”, a sua célebre obra-prima romanesca com mais de mil páginas. Agora oferece-nos outra face do escritor, a do ensaísta brilhante, numa obra que reúne num só volume textos publicados nos vários livros de não ficção de Wallace. O título – “Uma Coisa Supostamente Divertida que Nunca Mais Vou Fazer” – foi retirado de um hilariante artigo sobre uma viagem do autor num navio de cruzeiro. A Quetzal publicará ainda um livro de Claudio Magris, “Alfabetos”, em que o recorrente candidato ao Nobel dialoga com obras de outros autores, como Homero, Baudelaire ou Walter Benjamin.»

 

«Pode-se dizer que a consagração de Teju Cole (n. 1975) chegou com o ensaio de várias páginas que James Wood lhe dedicou na “The New Yorker”, mas a melhor síntese sobre Cidade Aberta pertence a Cólm Tóibín – “Um reflexão sobre história e cultura, identidade e solidão.” Em rigor não é preciso dizer mais nada. (…) Cole tem uma escrita elegante (a tradução de Helder Moura Pereira faz-lhe justiça) e este livro não anda longe dos textos sobre viagens que publica com regularidade. Uma bela descoberta.»

 

Eduardo Pitta, Sábado

 

Esta edição, que reúne vários ensaios de David Foster Wallace, é única em todo o mundo e obedece a uma escolha editorial da Quetzal dos textos de não-ficção que consideramos mais representativos do autor norte-americano, não só em termos de qualidade literária mas também pelos temas abordados: literatura, cinema, ténis e excursões improváveis. Assim, nesta edição, e ao contrário do que acontece nas edições originais, reunimos no mesmo livro Uma Coisa supostamente Divertida Que nunca mais Vou Fazer e E Unibus Pluram: a Televisão e a Ficção Americana, Pensem na Lagosta e Federer: Carne e não só. O último texto é A Água é Isto que, para os fãs de David Foster Wallace, tem uma dimensão quase religiosa.

 

O livro estará nas livrarias a partir de 11 de outubro.

 

 

 

Felícito Yanaqué é um homem de cinquenta anos, respeitado pela comunidade e proprietário de uma empresa de transportes que fundou e fez prosperar na cidade de Piura, no noroeste do Peru. Sem instrução, oriundo de uma família pobre e gestor cuidadoso dos seus bens, Felícito conquistou tudo a pulso, de uma forma tranquila, discreta e constante, atributos que se poderiam também aplicar à sua personalidade. Casado, com filhos já adultos, Felícito Yanaqué mantém uma amante de longa data, exuberante beleza da cidade. E também outra relação – não de natureza sexual – com Adelaida, uma vidente cujo conselho Felícito segue quase sempre, quer se trate de negócios ou de matéria puramente pessoal ou, mesmo, íntima.

 

Tudo corre bem na sua cidade; tudo normal. Só que Felícito Yanaqué começa a receber cartas anónimas de extorsão; e quando a ameaça de represálias passa à concretização, Yanaqué decide resistir a tudo isto sem apoio, estoica e discretamente. Como um herói.

 

Depois da atribuição do Prémio Nobel, do romance O Sonho do Celta ou de A Civilização do Espetáculo (conjunto de ensaios sobre o estado da cultura na atualidade), Mario Vargas Llosa regressa agora com um extraordinário e invulgar romance que relembra os cenários, os personagens e alguns dos temas dos seus livros fundadores – a coragem, o medo e a necessidade de resistir a novas formas de injustiça e de maldade.

 

A tradução é de Cristina Rodriguez e Artur Guerra, que em 2011 receberam o prémio da Casa da América Latina pela tradução de 2666.

 

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